dezembro 26, 2014

Feliz 2015!

Feliz 2015, pessoal!

Com muita montanha, trilha, vida ao ar livre, realizações e fantasia. Clichês da vida real. Clichês que merecem esta manifestação.

E aproveito, inspirado por um post do colega de atividade Dakota Jones (informando sua saída do time Montrail e entrada no time Salomon), para anunciar mudanças no meu rumo "midiático-esponsorizado". Saiba mais aqui, em inglês: http://www.irunfar.com/2014/12/switching-sponsors.html

A partir de janeiro de 2015, não estarei vinculado a mais nenhuma marca esportiva, seja como patrocínio, seja como apoio. Meu contrato com a marca The North Face se encerra neste 31 de dezembro e o acordo verbal com o varejista Território Mountain também terá seu fim na mesma data. Isso para não falar na TRC Brasil, onde atuava apenas como contratado de marketing digital entre outubro de 2013 e março de 2014 e da Revista TRAILRUNNING, que nasceu, cresceu, viveu intensamente e faleceu entre dezembro de 2013 e setembro de 2014. Não tenho mais nada a ver com isso. Não sei de nada, como diria certo ex presidente. Somos todos amigos. Mas negócios a parte, certo e esclarecido?

Deixo apenas o último parágrafo de um livro que mudou a vida de muitas pessoas. Tive a felicidade de reler nestes tempos em que me afasto do mundo digital. Aliás já havia publicado algo semelhante em um post de 2010 aqui no blog, se não me engano.

“Não quero que ninguém faça nada a não ser correr, divertir-se, dançar, comer e comemorar conosco. A arte de correr não serve para fazer os outros comprarem produtos. É preciso liberdade, cara” – Micah True, mais conhecido como Caballo Blanco, no livro Nascido para Correr, de Cristhopher McDougall.

Assim, fica meu desejo de corridas, diversão, danças, comidas e comemorações para 2015. E, principalmente, liberdade.

Feliz 2015!

Sendo eu mesmo aos pés do Pico das Agulhas Negras (agosto 2014)

dezembro 22, 2014

Mais realizações, menos projetos

Hoje eu dou risada sobre as hashtags "projeto-isso-ou-aquilo". A única pela qual tenho verdadeira admiração é a #projetodefequeieandeiparaclichês do amigo Manuel Lago.

Justamente por fugir do clichê que é "projeto-isso-ou-aquilo".

Ainda não vi nenhuma necessidade de "projetos" para conseguir algo. Falo isso por mim, que sempre projetou um monte de coisa que nunca chegou a realizar. Seria a necessidade de cavocar uma motivação no like ou aplauso alheio? Bem provável.

Eu já bebi muito desse veneno e aqui mesmo no blog, se você for cavocar também, encontrará meus projetos, todos eles jamais realizados. 

Mais que projetar, prefiro realizar. Se, por um lado, eu nunca realizei e finalizei meus "projetos", minhas maiores realizações pessoais foram aquelas que nunca projetei, ou que não fiz publicidade prévia. Subi montanha de quase 6.000 metros, corri 12 maratonas, três ultramaratonas, fiz um filho, comprei casa própria com a esposa, casei, viajei de bike por uma semana com a casa nas costas, tomei um barril de Heineken, tirei foto pelado na montanha, recebi patrocínio para correr sem jamais ter mandado um "projeto" sequer para o marketing destas empresas e muito mais. Tudo isso sem "projeto".

Tudo isso porque, aprendi com a vida: realizar é muito mais interessante que projetar.

Assim, desejo aos meus leitores um 2015 de MUITAS realizações. Os projetos? Só servem para animar uma breve centelha sonhadora. Porque projeto sem mãos à obra e desejo puro é apenas mais uma hashtag.

Feliz 2015!


dezembro 10, 2014

Temporada 2014 de Trail Running

Época de balanços e retrospectivas.

Nunca fui muito analítico, me sinto mais atraído pelas impressões subjetivas das coisas. Para alguns isso é defeito, já tendo sido eu convidado a mostrar números precisos para querer provar o que falo, escrevo ou o que seja. Mas, porra: Eu uso letras e não números. Não gosto deles, por mais validade que eles tenham. Não nego os valores dos números (perdão do trocadilho). Mas desde os tempos de escola eu era assim: Nota 9 na redação e geralmente 5 na matemática.

Texto completo em minha coluna de despedida no portal Corrida no Ar, certamente o espaço mais bacana, completo e interessante sobre corridas produzido na língua portuguesa. A partir de janeiro, não escreverei nem usarei o computador com a mesma frequência. Acesse aqui:

http://corridanoar.com.br/index.php/colunas/aos-montes/item/1515-epoca-de-balancos-e-retrospectivas.html

Deixo abaixo uma declaração de Anton Krupicka na semana passada em uma entrevista:

"O mundo é um lugar gigante, selvagem e lindo. Me limitar a apenas correr por ele me parece tão bobo, triste e míope, já que a terra e o mundo natural sempre foi uma das minhas grandes inspirações".

E aqui uma declaração - que já teve patrulha na fan page do facebook como sempre- ,de Kilian Jornet, a respeito de redes sociais e afins, a qual apreciei muito e fez todo o sentido PARA MIM.

"En las redes sociales no hay que contar tu vida. Hay que intentar inspirar y mostrar paisajes que algunos días vemos, cosas que hemos aprendido...más que la vida privada, que eso solo le tiene que importar a uno mismo”.

Abraços!



dezembro 03, 2014

12/12 - Ou seja, mês 12 de 12

Mais um ano que se acaba, outro sonho que termina. São tempos nebulosos sem muita vitamina D. Ou seria sem muitos carboidratos?

Tempos de experimentação de planos alimentares (a palavra dieta me remete àquelas revistas com ex-gordas nas capas), equilibrando-me cautelosamente entre aquilo que julgo ser ético e justo (não causar mal ou dano à outros animais) e uma saúde que já não é mais a mesma dos meus vinte e poucos.

TODOS tem a razão consigo: low-carbs, paleos, vegans, frugívoros estritos e demais classes de chatos. Médicos que se acham mais sabichões que nutricionistas e vice-versa. O que eu faço com esses números?

Emputecidos porque o site de inscrição deu pau e tomados por uma chatice nunca antes vista na história da humanidade, somos hoje todos formadores de opinião do próprio nariz. E do nariz dos outros, é claro.

Os e-mails não retornados, as perguntas sem respostas, a cabeça dentro de um buraco quente e agradável, de onde não se quer sair.

Todos nós neste FEBEAPA* há tantas décadas.

Ah Stanislaw, se você fosse blogueiro... Seriam incontáveis edições. Mas não seria seu leitor não. Seria colaborador!

Bom dezembro a todos e até a próxima quarta, escrevendo as minhas impressões sobre a temporada 2014 no Trail Running.


*FEBEAPÁ - Festival de Besteiras que Assola o País tinha como característica simular as notas jornalísticas, parecendo noticiário sério. Era uma forma de criticar a repressão militar já presente nos primeiros Atos Institucionais (que tinham a sugestiva sigla de AI). Um deles noticiou a decisão da ditadura militar de mandar prender o autor grego Sófocles, que morreu há séculos, por causa do conteúdo subversivo de uma peça encenada na ocasião. Fonte: Wikipedia.