fevereiro 29, 2016

Já Foi Melhor

Sim, este blog já foi melhor, se eu levar em consideração o número de visitas, de page views.

Fica a pergunta: seria o reflexo de meu abandono dos escritos no último semestre de 2015, da mudança de temática corrida para música ou os tempos facebookianos?

Minha resposta é: um pouco dos três.

Vários amigos blogueiros pararam de escrever também, cada um com seu motivo. A atuação mais presente em redes sociais como facebook e instagram também tem grande parcela de "culpa". Lamento bastante, pois tenho a mais absoluta certeza que o uso intenso de redes sociais visando gerar conteúdo é absolutamente inócuo e descabido. Uma timeline infinita, onde você roda o botão do mouse morro abaixo e jamais tem fim é totalmente emburrecedor. Se eu postei algo relevante meses ou anos atrás como faço para encontrar? Nos blogs é fácil: digita no google e vai ter um resultado em frações de segundos. E no facebook? Como achar algo importante? Impossível. Ficou lá perdido para todo o sempre, sem ter como encontrar, já que não há como pesquisar por palavras.

No final de 2015 eu andava bem desanimado para compartilhar o que acontecia comigo. E continuo com o mesmo questionamento. Vale a pena escrever aqui? A internet tem mudado bastante nestes últimos dois anos, com a proliferação dos haters profissionais, youtubers nervosinhos e/ou engraçadinhos e tudo o mais.

Continuo levando minha vida nas montanhas quando possível, dividindo espaço agora com o quase homestudio que montei em casa para as músicas que ninguém quer perder tempo em ouvir, afinal a vida é muito curta para se parar por 5 minutos e apreciar o fruto da expressão artística de alguém, por pior que ela seja.

Na música é assim também. Gosto dos álbuns completos: de 40 a 70 minutos de uma obra com começo, meio e fim. Não me atraem nem os singles (uma música é muito pouco pra um contexto) e muito menos os vídeos de 15 segundos do instagram.

E, dizia Raul, se faltava cultura pra cuspir nesta estrutura, digo que hoje falta mesmo é vontade de se interessar, de buscar informação verdadeira e correta. Ou de, simplesmente, se deixar ir.

Um abraço a todos e uma semana menos ranzinza que a minha :)

Isso, é ali na civilização ocidental que está a merda toda.



fevereiro 23, 2016

Insomnia

Sobre a semana que passou...

Insomnia, composta em dezembro de 2015 e finalizada ontem.

Meu primeiro som instrumental, com um quê de Bixo da Seda segundo Yuri Hrmo e de Richard Wright (entendedores entenderão) segundo a amiga Luiza Rivail :)

Foi também minha primeira experiência compondo ao teclado, começando com uma backing track e uma sequência lenta de 2 acordes.

Baixo veio fácil, de tanto ouvir Humberto Gessinger. A guitarra ficou limitada à minha pouca técnica no instrumento. Tentei buscar um timbre menos David Gilmour, mas sentia que a música pedia esses bends e esse phaser/delay/chorus (entendedores também entenderão).

Esse teclado "vagabundo" de menos de 500 reais não me dá exatamente os timbres que eu gostaria, mas deixo um "viva" ao Reaper  e demais VST's gratuitos que uso.

Poder criar, compor, executar, produzir... tudo isso sozinho é MUITO bom.

Chama-se Insomnia porque a maior parte dela foi trabalhada em algumas madrugadas entre dezembro de 2015 e fevereiro de 2016.

Será a faixa de abertura do "álbum" que pretendo editar para fevereiro de 2017. Sim, um longo período. Já tenho em torno de 8 faixas bem encaminhadas, mas quero ainda mexer em algumas sonoridades. Sem pressa.

Espero que apreciem :)


fevereiro 16, 2016

Acho que em algum momento...

... Eu disse que não estaria mais competindo a partir de 2016, certo? Não no trail running. Sim, e segue assim.

Mas a ideia é fazer uma metáfora com músicas e competições.

Você faz um cover de sua canção favorita  e isso equivale a correr competições do modo tradicional. A competição está lá. A canção também. Uns tem desempenho melhor, outros pior que você. Seja na execução da canção, seja no desenrolar da competição.

Eu gosto de escrever canções. Gosto de música autoral. Sinto-me mais completo como compositor e músico do que como cantor de boteco.

E nas corridas de montanha estava me faltando isso. Estava executando músicas/competições conhecidas e famosas. E não estava fazendo direito, seja lá o que "direito" signifique. 

Agora é hora de compor novas canções. Novos desafios.

21 de agosto 2016 - Marumby Skyrunning
01 de outubro - 12 horas do Anhangava

Mais informações sobre esses dois "singles", em breve.

Beijos e abraços!



fevereiro 09, 2016

Já ia me esquecendo...




Que hoje é terça... e que me comprometi a postar algo, nem que seja uma bobagem qualquer.

Filosofando um pouco, a vida muita vezes é um somatório de bobagens.. Uma consequência de escolhas bem ou mal feitas. Somos responsáveis por elas, totalmente. Não acredito na babaquice de "deixa a vida a me levar". Soa por demais preguiçoso, fatalista e "carioca" (venham as pedras, a canção cujo refrão está entre aspas é interpretada por Zeca Pagodinho).

Eu creio em fazer escolhas e ser responsável por elas. Nem sempre fiz boas escolhas mas hoje estou muito satisfeito com o caminho que escolhi.

É final de carnaval, nesta terça-feira seis da tarde. Desfrutei os dias de folga do trabalho da maneira que mais gosto. Amor, amigos, música, bicicletas, montanhas e até uma corridinha no parque.

E, se todo carnaval tem seu fim, o que tiro pra mim é que todo fim é sempre um novo começo.

Beijos e abraços!


Bosque Merhy em Quatro Barras na corridinha de sábado.

 
Brothers pré Pão de Loth na terça-feira.


Unidos do Pão de Loth na terça de Carnaval. Minha vibe!
 
Super trânsito no Everest Quatro Barrense na nublada segunda de Carnaval.

fevereiro 02, 2016

Olhando para Dentro

Hello, is there anybody in there?

Bem, quem me acompanha há mais tempo sabe que tenho buscado cada vez mais a simplicidade.

Tem a ver com uma busca interna, com o conhecimento próprio.

Tenho resolvido dentro de mim várias questões pessoais, comportamentais e espirituais em tempos recentes.

Viajar pelo interior do país tem a ver com isso. Conhecer o "interior". De si e do seu povo. 

O que mais aprecio nestas viagens é poder estar em locais muito pouco turísticos, que ainda não foram contaminados com a pasteurização dos apressados visitantes que lá deixam seu dinheiro, trazem memory cards repletos e pouco conteúdo final. Sim, já tive oportunidade de estar presente em inúmeras atrações turísticas, inclusive em maravilhas naturais do planeta (aqui no link: http://blogdovolpson.blogspot.com.br/2010/09/maratona-de-foz-do-iguacu-2010_27.html .

Não que me incomodem as hordas de turistas. Mas tenho apreciado cada vez mais a beleza daquilo que não é turístico aos olhos. Tenho adorado conversar com a gente local. Seja em União da Vitória - PR, seja em São João do Triunfo - PR, seja em Campina Grande do Sul - PR, ou mesmo em Eugenópolis - MG ou San José de Maipo - Chile.

Convido todos a apreciar esse turismo das pessoas, a deixar as fotos de lado e conversar com os locais. Esse tipo de memória, pessoal, não queima, não se apaga.

Abaixo o video da semana, estreando o Ukulele em um som do Pink Floyd :)

Buenas!