Foi bom enquanto durou... Mas não, não creio que o "casamento" esteja desfeito. Um casamento de sete pessoas que parece terem nascido para competirem, se divertirem e sorrirem juntas.
Tá bom, a equipe era para ser formada por oito pessoas. Mas foda-se, o que vale é que os sete heróis fizeram o máximo e foram a melhor equipe da competição. Esta é a Território Mountain Team, equipe na qual corri a 15ª edição da Volta a Ilha.
Porque ser o melhor não é chegar na frente. Ser melhor é sentir mais, se entregar mais, sorrir mais e viver mais. Yara, Jessiê, George, Cliverson, Geison, Eliandro (Toi) e Eriston fizeram nada menos do que o máximo. Esses cabras foram durões!!!
Demos a
Volta na Ilha em quase 14 horas de corrida por asfalto, terra, calçamento, areia fofa e lama. Foi uma experiência única. Pela primeira vez pude correr em uma equipe e tenho a mais absoluta certeza que é a melhor equipe do mundo para estar junto por um dia inteiro.
O inusitado também se fez presente, como o radiador de um dos carros fervendo, chave trancada dentro de outro carro e a necessidade desesperada por um chaveiro, bolhas diversas, a Jessiê (fortíssima) correndo mais de 38 quilômetros por estar dobrando trechos.
Teve também a
Yara e sua "briga" com a areia fofa, corredora acostumada ao asfalto que é. Teve o Eliandro elegendo o trecho mais curto que lhe cabia como o mais difícil. Teve também o Geison querendo correr todos os trechos possíveis e impossíveis. Teve o Cliverson fazendo paces em momentos cruciais e correndo alucinadamente nos seus trechos . Para não falar do Eriston, que além de correr os seus trechos determinados, soube manter o astral sempre alto, mesmo com a ameaça de desclassificação pela regra "pangarés fora".
Eu? Ah, fiz o que era minha parte: corri quase 5K do trecho 4 em apnéia quase total, correndo o mais rápido possível. Leitores que curtem dados e informações precisas: não me perguntem meu tempo, pace, frequência cardíaca ou whatever, pois sequer usei relógio por pensar que este é outro instrumento maldito.
Ah, falando em maldito, fiz o trecho 19, o tal do Morro Maldito. E sem um pingo de modéstia -algo que nunca foi meu forte,admito- digo que se o tal Morro do Sertão é maldito, então eu já corri várias vezes no inferno mesmo. A vida é mais dura na
K42 Bombinhas -que se aproxima- por exemplo.
Porém, mais duro que isso tudo que falei, foi pensar que outra dessa só em 2011. E aproveitei a prova como um divisor de águas e "anunciar" (sei lá para quem) que não vou mais correr provas no asfalto, salvo alguma exceção que eu ache válida, como o
Desafrio Urubici ou a
Subida da Graciosa. Provas dessas 10K ou mesmo maratonas comuns, no more.
Correr para mim é diversão. E para me divertir tem que ter mato, lama, pedra, areia. Asfalto, lixo, barulho, modinhas e corredor exibido me emputece.
Então que venha a 2ª Etapa do
Circuito Paranaense de Corridas em Montanha!
Beijos e abraços!