janeiro 29, 2024

Vamos pra cima!


 Hola, que tal?

Após um último post um pouco pessimista, volta o sol e a alegria a brilhar neste que vos escreve.

Mesmo após vários dias buscando me recuperar o mais rapidamente possível da citada gripe, ainda encontro traços dela em meu pulmão.

Ainda com  uma tosse cheia de muco nesta segunda-feira, mas com o restante do corpo começando a responder melhor.

Um pouco de falta de ar se faz presente em cima da bike, nas subidas principalmente.

Semana passada corri na terça e na quarta-feira, como deslocamento do trabalho para casa. Coisa pouca, 30 minutinhos com apenas uma subida. Mas o suficiente para me fazer caminhar já que a ideia é manter a FC o mais baixa possível. Qualquer esforço a mais, o coração já bate 170 ou mesmo 180 BPM, o que não ajuda em nada no momento.

Sábado teve o Pedal Bike4U e pude me testar por lá, fazendo aproximadamente 40 Km com a Sense Versa Comp que tá quase batendo os 1.000Km comigo.

Foi bem sofrido, já havia feito esse mesmo trajeto em um pedal anterior em novembro passado e a diferença nas sensações foi gritante. Dessa vez bem mais difícil, mais pesado, mais sem ar.

Entender e aceitar que isso faz parte do jogo é necessário. Para não sofrer desnecessariamente.

Daqui 3 dias viajo para Belo Horizonte para a minha primeira participação na Cambotas Trail Fest. Certamente o evento mais emblemático do cenário trail runner no primeiro semestre deste ano e que fico muito contente em estar por lá.

Se, mais uma vez, não chego em uma prova nas melhores condições físicas, a cabeça pelo menos está confiante de que vou lá principalmente para tentar captar um pouco da experiência do lugar e das pessoas e poder compartilhar com vocês no canal lá do YouTube. 

Então... segue por lá que vem cosia boa :)

Ótima semana, vamos pra cima!







janeiro 22, 2024

A gripe do ano

 
Hola, que tal?

Senhoras e senhores, mal começou o ano e a gripe do ano já chegou. E no momento que escrevo estas linhas, parece estar indo embora, felizmente.

Última foto pré-gripe. Com Mari Baldissera

Eu que nunca fui muito afeito aos frios consultórios médicos e tampouco a potentes medicamentos antigripais me vi cedendo pelo menos a uma cartela de dipirona para segurar a barra que é gostar de pegar uma gripezinha.

Começou na quarta-feira, logo após um treininho de corrida seguido de um café com a amiga Mari Baldissera, que agora mudou de status. Era amiga das redes e agora finalmente nos conhecemos pessoalmente. Eu já havia conversado bastante com ela, inclusive para o canal cascalho.cc onde ela relatou como foi sua marcante participação na Aconcágua Ultra Trail. Assista depois, ao final do texto. 

Aliás a Mari tem uma verve e um estilo muito peculiar ao escrever, deixo aqui o instagram onde ela compartilha muito do que passa naquela cabeça geminiana. Valeu a companhia, Mari! Sei que não foi você que me passou esse vírus bandido...

No decorrer daquela quarta-feira da semana passada 17 de janeiro, ao chegar no trabalho começo a sentir as pernas pesadas e a cabeça latejar.

O suficiente para o rendimento profissional despencar e só conseguir pensar em cama. Mas ainda bem esperançoso, uma vez que geralmente as gripes e resfriados que me acometeram durante esta vida quase sempre regrediam em seus sintomas após uma boa noite de sono.

O que não foi o caso desta vez. Até mesmo porque eu tive tudo exceto uma boa noite de sono.

Nariz trancado, dores por todo o corpo e até mesmo uma leve febre me castigaram por todo o período até a manhã seguinte. Mal conseguia permanecer em pé pela manhã.

Mesmo assim, sempre confiante que tudo passa, tudo passará, de volta ao trabalho. Pelo menos agora eu fico de certa forma "isolado" dos demais companheiros de trabalho, em uma sala exclusiva, onde nao correria risco de transmitir doenças aos camaradas.

Lancei mão então da dipirona que me aliviava os sintomas e me permitia produzir um pouco. Porém, aquilo que mais gosto de fazer na vida, que é estar com o corpo em movimento... sem condições.

Até tentei fazer uma leve caminhada mas foi um dos "eventos esportivos" mais sofrido dos últimos anos. Caminhar 1 quilômetro foi mais duro do que fazer a Indomir Bombinhas do ano anterior (leia aqui).

Assim chegava ao fim, tão no início, a proposta de fazer atividade física em cada um dos 366 dias deste 2024. 

Poucas vezes ansiei tanto por uma sexta-feira. Infelizmente não pude estar presente no pedal inaugural do ano da Bike4U que rolou no sábado. 

Passou a quinta, passou a sexta... assim como passaram o sábado e o domingo, dias estes por sinal que não coloquei o nariz para fora de casa, algo que não fazia havia alguns anos... isso de passar dois dias "trancado" em casa.

Tive aquela nítida sensação de que todos estavam se divertindo menos eu. Todos na montanha, na praia... e eu doente.

Malditas redes sociais né? As bolhas em que vivemos e que nos cegam para a realidade do mundo. O que é real é que nossa bolha faz as coisas que gostamos, que apreciamos. Mas o 98% do mundo que é fora dessa nossa bolha não. Essa maior parte também fica doente, também tem que trabalhar aos finais de semana às vezes, também "inveja" aquilo que a gente compartilha nessas também doentias ferramentas.

Falando delas, tenho estado novamente ausente por lá... Sinto-me mais feliz em dispender minha necessidade de colocar pensamentos para fora aqui em um teclado neste longevo blog. Em 2024 estou completando 17 anos de escrita ininterrupta aqui.

Nesta manhã de segunda-feira, 22 de janeiro, sinto-me relativamente melhor. Ainda sem muito apetite, graças muito aos limões, gengibres e dipironas sinto-me quase pronto pra retomar assuntos mais condizentes com quem se propõe a uma vida ao ar livre, nas montanhas.

Neste novo ano, estive no Morro do Anhangava já no primeiro dia, no dia 01. E não voltei mais. Estou em uma relação ambígua com a montanha e tratarei disso no próximo texto.

Por enquanto, registre-se que a gripe não me derrubou desta vez (nem pra covid-19 eu testei positivo), e que 2024 já chegou com dois pés na porta. Agora é renascer. Se já venci uma pesada gripe nos primeiros dias do ano, vejo como bom sinal do que vem pelos 11 meses restantes em 2024.

Excelente semana a todos vocês!



janeiro 15, 2024

To me guardando para quando o carnaval chegar

Hola, que tal?

É com um verso de música de Chico Buarque que inauguro 2024 aqui no blog. Não que eu seja fã do cara, nem gosto nem desgosto. Ouvi na verdade esse som na voz de Humberto Gessinger, eterno engenheiro do hawaii e fiquei aqui fazendo minhas considerações e filosofias em cima da letra. Irei deixar música e letra abaixo para vocês.

É a atual fase, quem sabe esperando o carnaval, literalmente aguardando ou se guardando.

O fatalismo da frase que diz "O Brasil só começa depois do carnaval" é um pouco assustadora para mim. Eu juro que gostaria de entender e, principalmente, aplicar as resoluções de ano novo, aquela que a gente faz antes da virada e diz "agora vai ser diferente". 

Como se um simples completar de translações terrestres fosse capaz de mudar algo na vida. Ok, convenções sociais são importantes, datas, calendários, números.

E, como disse, juro que gostaria de entender e realizar as mudanças que acho serem necessárias na minha vida.

Mas, mais uma vez, irei deixar para quando o carnaval chegar.

Que em 2024 irá ocorrer em uma época propícia, logo após o meu aniversário (que será na segunda feira anterior ao carnaval) e no final de semana seguinte àquela que muito provavelmente será minha única prova de corrida em trilha em 2024, a Cambotas Trail Fest.

Sentindo os "ventos da mudança" (para mais uma alusão musical, referente à Wnd of Change dos Scorpions), seguirei um pouco mais recolhido e quieto, tanto na vida digital como na pessoal, sem muito contato estreito com pessoas.

E quem sabe, quando o carnaval chegar, eu volte a estar mais participativo, mais presente nas coisas que importam.

Vejo vocês em breve, feliz 2024!


Quando o Carnaval Chegar

Chico Buarque

Quem me vê sempre parado

Distante, garante que eu não sei sambar

Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

Eu tô só vendo, sabendo

Sentindo, escutando e não posso falar

Tô me guardando pra quando o carnaval chegar


Eu vejo as pernas de louça

Da moça que passa e não posso pegar

Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

Há quanto tempo desejo seu beijo

Melado de maracujá

Tô me guardando pra quando o carnaval chegar


E quem me ofende, humilhando, pisando

Pensando que eu vou aturar

Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

E quem me vê apanhando da vida

Duvida que eu vá revidar

Tô me guardando pra quando o carnaval chegar


Eu vejo a barra do dia surgindo

Pedindo pra gente cantar

Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

Eu tenho tanta alegria, adiada

Abafada, quem dera gritar

Tô me guardando pra quando o carnaval chegar


Mas eu já tô indo embora

Um outro que agora me tome o lugar


Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

Tô me guardando pra quando o carnaval chegar