Reencontrei e desencontrei Levantar e acordar, muitas vezes, dói Como dói para quem se apega, para quem se ilude Porque tudo é ilusão, menos a realidade das coisas E por estas dores, eu tenho comigo que não basta ser forte É preciso também parecer forte, disposto, estar sempre bem, estar nos trinques E entre trancos e barrancos Entre mortos e feridos e entre muros e grades Vivo, sobrevivo e convivo, tudo ao mesmo tempo E desse desencontro é que renasço tão forte quanto madeira de lei Aquela mesmo que é notícia de jornal, tão nobre quanto o horário Se alguém ainda liga para isso, para quê mudar de canal? Para quê sintonizar a frequência infame que permeia nossas vidas? Já não basta a correria, a desesperança, o ônibus lotado e o motorista enraivecido? A mim, me basta tanto o sol que aquece como a chuva que alivia Porque me basto com pouco? Não é assim que vejo, senhores Apenas me basto. Porque me basta o que de fato há E se há, então que haja Seguind