julho 26, 2021

Trail Running Culture

 Queridos e Queridas, como estão?

Trail Running Culture.

Cultura Trail Runner.

Não temos no Brasil.

Não temos apoio, incentivo e divulgação, falando de mídia de grande massa.

Somos um bando de loucos até mesmo pra quem frequenta ambientes naturais.

Para muita gente do montanhismo e do trekking somos uns imbecis que passam correndo fazendo força, deixando de apreciar a paisagem. Sim, já escutei isso.

Pro pessoal do Mountain Biking também somos uns loucos que percorrem distâncias nem tão longas como uns 16 quilômetros e levamos 3 horas pra completar "apenas" nisso.

Ah, mas eu sei que você não está nem aí pra essa galera julgadora. Eu também não estou. Apenas constato que eles existem e são muitos.

Cada um na sua é mais legal. 

Eu também gosto de caminhar devagar em montanhas. E aprecio a paisagem também. Seja correndo, seja caminhando, seja pedalando.

Ninguém deveria "competir" com ninguém nisso e muito menos fazer esses julgamentos.

Todos se divertem e, principalmente estão ao ar livre, praticando esporte.

Tive o privilégio de acompanhar meus amigos Fabio Sakamoto e Patrícia Moresco em um "treino de gente grande" neste sábado passado.

Gente grande porque realmente eles estão muito bem preparados e eu estou muito acima do peso que considero ideal para mim, logo, estou "grande" =D

Dia bastante aprazível para percorrer 10 milhas, a maior parte por trilhas em Campo Magro, região do Morro da Palha.

Tem vídeo no canal mostrando isso e, claro, algumas imagens abaixo.

Conversaremos mais sobre isso no decorrer do período .

Excelente semana a todos!








julho 22, 2021

Sobre Voltar a Escrever

 Queridos e Queridas!

Tudo bem com vocês?

Pow, como está sendo legal voltar a escrever por aqui.

Como disse ontem a Patrícia em nosso chopp noturno: é uma espécie de terapia.

Sim, colocar para fora o que sentimos é sim terapia.

Eu, que nunca frequentei algo do gênero, me sinto bem assim.

Os dedos correndo pelos teclados no intervalo do trabalho sempre trabalhando como ferramenta para transpor ao digital o que o biológico cérebro produz.

Ter também o retorno dos leitores por e-mail e por outros canais também é bastante confortador.

Não que eu esteja aqui em busca das glórias e apupos de plateia. Mas simplesmente por querer compartilhar inquietações que, muitas vezes, acabam sendo também as mesmas que dos leitores.

E como bônus, veio também o fato de que estes textos e reflexões servem para dar uma linha geral sobre assuntos que gosto também de falar em minhas conversações matinais com meus inscritos no canal do YouTube.

Sendo assim, aquilo que posto no blog no período da tarde, acaba indo por e-mail através da lista de inscritos no blog na manhã seguinte e também acabo gravando um vídeo direto, sem cortes ou edições que está indo ao ar antes das 10 da manhã.

Como não se trata de um vídeo onde estou lendo o texto publicado no dia anterior mas apenas a profusão de palavras que brota na mente, fica algo bem natural e, de certa forma, complementar ao texto. 

Convido você a ser, se ainda não é, a ser um(a) inscrito(a) do Canal no YouTube.

Por hoje é isso, apenas gratidão :)

Saludos!








julho 21, 2021

Sobre Estar Só - O Circo de Um Palhaço Só

 Queridos e Queridas, como estão?

As conversações de hoje tem a ver com solitude. 

Muita gente prefere o uso dessa palavra em vez da solidão. Sabem a diferença? Caso não, ajudo aqui:

Segundo o Dicionário Online de Português, Solitudes é o plural de solitude. O mesmo que: exílios, retiros, solidões.

Significado de solitude

[Poética] Estado da pessoa que está só, sozinha.

Condição de quem se isola propositalmente ou está em um momento de reflexão e de interiorização.

Etimologia (origem da palavra solitude). A palavra solitude deriva do latim "solitudo,inis", com o mesmo sentido de solidão.

Já sobre a Solidão, a mesma fonte discorre: Significado de Solidão

substantivo feminino

Estado de quem está só, retirado do mundo ou de quem se sente desta forma mesmo estando rodeado por outras pessoas; isolamento: os encantos e as tristezas da solidão.

Lugar despovoado e não frequentado pelas pessoas; ermo, retiro: retirar-se na solidão.

Natureza ou característica desses lugares ermos: solidão dos mosteiros.

Assim, concluo: 

A solitude é um estado de isolamento voluntário e positivo, já a solidão é uma condição associada à dor e tristeza. A solidão é um sentimento de vazio, é o desejo de ter a companhia das pessoas, mas não ter.

Sendo assim, vamos de solitude mesmo, uma vez que é uma sensação positiva, que é como me sinto muitas vezes.

Talvez eu pudesse contextualizar isso começando pela infância.

Apesar de ter mais três irmãos, a diferença de idade entre mim e eles é enorme, o que fez com que eu passasse minha infância praticamente sem esse tipo de companhia. Era também uma das únicas crianças da escola que moravam em apartamento na cidade onde cresci, Paranagua-PR. Ou seja, pouco acesso às brincadeiras na rua, como a maioria dos colegas de aula.

Assim, me acomodei e me encontrei entre livros e discos, tornando-me, de certa forma, bastante introvertido.

Fui me soltar e me relacionar com pessoas mesmo a partir da adolescência, quando passei a estudar no período da noite e a trabalhar durante o dia. E, claro, festar MUITO nos finais de semana com a fase do sexo, drogas e rock and roll que vivi na última metade da década de 90. Cinco anos muito loucos mesmo.

Aí a gente cresce, vira hominho (nem tanto assim) e acaba literalmente "encontrando a sua turma".

Primeiro com a galera da montanha, na primeira década do Século XX. Pessoal da AMC (Associação dos Montanhistas de Cristo) e o Nas Nuvens Montanhismo.

No final desse período me mudei para Belo Horizonte e comecei uma nova fase da vida, principalmente no que se refere ao esporte: a corrida de rua e a corrida em trilha.

Acabei ficando apenas 11 meses e 15 dias na capital mineira, retornando à vida na capital paranaense no final de 2009 (apesar de ter residência na região metropolitana, meu trabalho sempre foi em Curitiba).

E aí, nova turma. A galera do Trail Running. Uuhuu, radical, pé na lama (mas que não gosta de mosquito e nem de dormir sem banho. To generalizando, aviso pra galerinha que problematiza tudo).

Mesmo assim nunca fui lá de curtir grupos grandes, patotas, etc.

Minha vida em comunidade sempre se resumiu às pessoas com quem eu tinha um relacionamento fixo (minhas namoradas quase sempre foram minhas melhores amigas) e pouquíssima gente mais.

E assim tem sido desde então.

Não é difícil encontrar inúmeros vídeos no YouTube e relatos aqui no blog dos meus rolês "solitários" pela Serra do Mar.

Gosto da independência, da sensação de liberdade que somente a minha companhia me proporciona.

Com equilíbrio, claro. Gosto de estar BEM acompanhado e os últimos meses me proporcionaram muitas dessas experiências bem acompanhado nas atividades.

Creio na seleção natural das pessoas que são do nosso convívio. Algumas chegam e ficam por um tempo, outras mais. Todas, de certa forma partem. Eu não tenho amigos do tempo de colégio, por exemplo.

Talvez eu não seja um bom amigo, daqueles que forçam a barra que cultivem ou que comam caminhão de bosta por alguém. Sou mais prático, Lua em Virgem, sacam?

Essas reflexões de hoje advém das experiências que tenho vivido recentemente na comunidade trail runner onde observo e coleciono impressões de que o que realmente importa é quem você tiraria da montanha em caso de apuros. Quem está do seu lado verdadeiramente, quem realmente se importa.

Nesse mundo de relações sem solidez e de redes sociais onde um like numa foto não significa afeto mas sim um processo automático, eu fico, como sempre com os bons e a galera do offline.

Com a atenção daqueles que mesmo a distância me acompanham nesses textos, nos meus vídeos ou numa rara postagem no Instagram. É gostoso receber aquele direct de gente que não vejo há anos e que compartilha com você das mesmas ideias.

Quem não gosta de ser lembrado e que perguntem: você está bem?

É dessa solitude que falo. Sobre o estar só e bem. De gostar da própria companhia, de não querer se isolar do convívio humano mas de também não fazer parte de um circo.

Assim é, assim sou. George Volpão, palhaço de um circo só.

Saudações, gratidão!


julho 20, 2021

Sobre Corridas e Montanhas

 Olá queridos e queridas.

De fato, não tem sido fácil esse processo de entendimento sobre o que anda acontecendo.

Sinto-me como se realmente a motivação para fazer as coisas estivesse dentro de mim mas em algum momento a conexão dessa motivação como o "botar em prática" se perde.

O resultado é o "kit corrida de inverno" que foi separado no domingo a noite para correr na segunda-feira ainda intacto esperando ser usado. E já estamos no final da terça-feira...

Não saber qual o elo que falta para que corridas e montanhas retornem à minha rotina de vida tem me incomodado cada vez mais.

Minha aposta da vez é a alimentação. Tem sido bastante pobre em nutrientes como poucas vezes na vida. E não porque me falte disposição em preparar boas refeições e nem por faltar dinheiro. Aliás, comer bem e saudável é BEM mais barato que comer industrializados, estejam certos disso.

Esse loop que parece infinito já deu.

E espero trazer pelo menos melhores notícias na próxima semana.

E você? Em algum momento já se sentiu assim, como se tivesse uma âncora nos pés?

Conta pra mim!

Saudações!


Sinto-me como de cabeça para baixo...


julho 19, 2021

Auge do Inverno


Queridos e queridas!

Espero que estejam sobrevivendo bem a este inverno.

O dia mais frio que corri neste ano ainda rolava usar shorts: 7 graus.


Eu não sei porque tenho a impressão de que este inverno está mais rigoroso que o anterior. Acho que há uma grande chance de ser um equívoco meu, visto que, se assim fosse, essa notícia certamente já teria ganhado a imprensa. 

Talvez porque o evento histórico da neve nas montanhas em 2021 tenha ocorrido já no terço final da estação, mais precisamente em 21 de agosto, como vocês puderam assistir aqui no vídeo abaixo:




O fato é que com a chegada dessa segunda massa de ar polar do ano (a primeira veio trazendo geada "cedo", ainda em junho) agora em meados de julho parece já estar me cansando muito mais do que antigamente.

Seria efeito da passagem inexorável dos anos? 

Eu sempre fui um amante incondicional das baixas temperaturas. Tenho até fotinho no abandonado Instagram de uma manhã no cume do pico do monte do Morro Itapiroca em 2007 com temperatura abaixo de 4 graus negativos. Estava super faceiro.

Eis que me vejo agora, em meus 44 anos de idade (e já vacinado com a primeira dose contra o Sars-Cov-2) ignorando completamente as oportunidades de apreciar uma boa geada em um lugar emblemático da minha amada Curitiba, como o Jardim Botânico, do qual hoje sou vizinho quase de porta.

Simplesmente impossível levantar pela manhã para as corridas que sempre apreciei pisando esse gelo fino. Sinto-me por vezes, como que amarrado numa cama quentinha ao lado da parceira amada que compartilho a vida.

Não, longe de mim botar a culpa no casamento, antes que isso suponham. Erro! Não creio também que minha resistência às baixas temperaturas tenha diminuído. Afinal, tenho encarado sem dramas o deslocamento sobre uma bicicleta para o trabalho com estas baixíssimas temperaturas e vento congelante que traz uma sensação térmica digna da Patagônia.

Enfim, nada mais que uma breve reflexão onde, colocando para fora estes questionamentos, posso buscar uma resposta lá dentro para saber onde está aquele George Volpão amante do inverno e das corridas matinais.

E sobre corridas e montanhas eu converso com vocês no próximo texto.

Espero que estejam bem!

Saludos!