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Mostrando postagens de novembro, 2014

Eu e Bombinhas, Bombinhas e eu

Olá. Conheci a cidade catarinense de Bombinhas tardiamente, Com 30 anos de idade passei um dia lá, em uma breve passagem suficiente para me encantar com o mar extremamente verde e uma hora de remo em um caiaque alugado na Praia da Sepultura. Desde então procurei recuperar o tempo perdido voltando para lá anualmente e participando de um evento mais do que especial. Em agosto de 2009 ( texto aqui ) eu e pouco mais de 50 atletas alinhamos para a primeira maratona trail running do Brasil, a K42 Bombinhas, uma etapa da série K42 que rola em alguns países. O ambiente era extremamente amistoso entre todos: organizadores, atletas, familiares e população local. Desde então retornei todos os anos para a prova, exceção de 2014, onde por motivos profissionais não pude estar presente (se arrependimento matasse...). Não deixei de ir à bela Bombinhas, pois trabalhei para a finada e efêmera Revista TRAILRUNNING na cobertura da INDOMIT Costa Esmeralda Ultra Trail ( vídeo aqui ). H

Cada um dá o que tem.

Não há como ser diferente, é fato. Cada um dá o que tem para dar. Não se pode esperar educação de quem não a tem. Não se pode esperar tolerância de quem é impaciente. Não se pode esperar coisas positivas de quem se cerca de negatividade. Na verdade, acho que é melhor nem esperar nada. Criar expectativas... o Budismo fala muito disso, sobre a inutilidade de se criar expectativas, sobre o quanto de dor e sofrimento isso nos traz. E o que tenho para dar é isso. Não há mais nada comigo. Não existem fórmulas mágicas tampouco receitas mirabolantes. O que tenho, está comigo, levo comigo. E quando, no apagar das luzes e no piar da giripoca, tudo ficar mais evidente, nunca será tarde. Assim, não espero (nem quero) nada de ninguém. Vou tocando o barco, vivendo meu mundo, colorindo os rabiscos que criei nestes 37 anos.  Assim, de hoje em diante, somente cores alegres preenchendo o esboço que, no fim das contas, é necessário para dar forma àquilo que propomos como

Ter menos para viver mais - Vídeo legal

Oi. Nunca fui de querer possuir muitas coisas. Nunca fui muito ambicioso em TER. Nunca precisei de muito. Na adolescência, principalmente, passei por maus bocados e por um bom tempo eu vestia e calçava apenas o resultado de doações de amigos e familiares, tal era a dificuldade financeira que eu enfrentava junto com minha mãe. Eram outros tempos, não havia bolsa-isso, bolsa-aquilo. Faculdade? Só me restava a opção gratuita de uma UFPR ou CEFET. Mas eu era preguiçoso demais de estudar e preferia ir beber com os "amigos". Quando comecei a trabalhar e batalhar pela vida aos 17 anos de idade, consegui um pouco mais de estabilidade e poder ajudar nas coisas da vida: contas de água, luz, reformas da casa, etc. Defendo que cada um gaste o seu "hard earned cash" (dinheiro suado) como melhor lhe aprouver. Mas ao mesmo tempo, cada vez mais fui comprovando na prática que menos é mais. Que não preciso de 6 pares de tênis, 2 já está bom. Que não preciso de 8

Do porquê gradativamente me ausento da vida virtual-social

Sim, já havia anunciado uma data. Da mesma forma, já abordei um tema parecido com o que escrevo hoje: http://www.georgevolpao.com.br/2014/10/fim-de-festa.html Aqui também: http://www.georgevolpao.com.br/2014/10/mas-quais-sao-as-palavras-que-nunca-sao.html Um post assim até faz parecer que to querendo atenção. Vai que é isso né? De repente... Mas, na verdade está direcionado em rumo certo àqueles que me acompanham nessa trajetória. Por respeito e estima, ainda escrevo para os que me leem. É gratificante receber e-mails e comentários no blog de quem aprecia o que escrevo, então, nada melhor que ser justo com estas pessoas, aclarando o que passa na cabeça. Para estes, acho válido um "porque gradativamente me afasto da vida "virtual-social". Um primeiro passo foi ter excluído a conta pessoal do facebook dois meses atrás, permanecendo apenas com a fan page por questões comerciais. O mesmo vale para o perfil de Instagram, que está lá, presente e ativo pelo

A Tríplice Coroa (ou O Trio Parada Dura)

Neste feriado de Proclamação da República (um sábado, para desespero daqueles que trabalham de segunda à sexta como eu), estive junto com a Ana Barbara percorrendo três das mais relevantes trilhas e cumes da Serra do Mar paranaense. Certamente são os mais visitados: Pico Paraná (1.877m), Caratuva (1.850m) e Itapiroca (1.805m). Respectivamente o primeiro, segundo e quarto cumes mais altos do território estadual.  Partimos sob chuva fina e persistente desde nossa casa, em Quatro Barras, já no pé da serra. Iniciamos a empreitada as oito da manhã, ainda com chuviscos e vento gelado. A meta era subir o Pico Paraná com qualquer condição climática. Assim fizemos, com muita lama e terreno escorregadio, perigoso até. No retorno mais chuva, porém ao chegarmos no acesso à trilha do Itapiroca, por volta de meio caminho do retorno, decidimos subir até esta agradável montanha. Caminhada curta, coisa de 20 minutos e 200 metros verticais e lá estávamos, sendo recebidos com sol tímido mas acon

Alpinrunning - Uma nova modalidade? E eu com isso?

Estudioso e curioso do Budismo que sou, lidar e entender a transitoriedade das coisas nunca foi meu problema. Mais do que "estar na moda" ou "pegar a última onda", vivi sempre motivado em buscar o que me faz bem e àqueles que estão comigo. Não sei se admiro e se alimento repugnância àqueles que por décadas e mais décadas se atém a um tema apenas, um hobby, uma profissão, uma modalidade... Minha cabeça sempre entendeu que a vida (esta aqui) é muito curta para ser vivida em apenas um ou dois pontos de todas as possibilidades que nos são oferecidas. Mesmo que nos custe nunca sermos "experts" em algo (não acredito nisso, acho que por mais mestres que sejamos, estamos sempre aprendendo), abrindo o leque temos maiores oportunidade de experimentar sensações. Eu jamais conseguiria falar ou viver 30 anos de corrida ou 40 anos de montanhismo, deixando de aproveitar o que uma bike oferece, um bar com amigos proporciona ou a cozinha da minha casa permite em e