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A gripe do ano

 
Hola, que tal?

Senhoras e senhores, mal começou o ano e a gripe do ano já chegou. E no momento que escrevo estas linhas, parece estar indo embora, felizmente.

Última foto pré-gripe. Com Mari Baldissera

Eu que nunca fui muito afeito aos frios consultórios médicos e tampouco a potentes medicamentos antigripais me vi cedendo pelo menos a uma cartela de dipirona para segurar a barra que é gostar de pegar uma gripezinha.

Começou na quarta-feira, logo após um treininho de corrida seguido de um café com a amiga Mari Baldissera, que agora mudou de status. Era amiga das redes e agora finalmente nos conhecemos pessoalmente. Eu já havia conversado bastante com ela, inclusive para o canal cascalho.cc onde ela relatou como foi sua marcante participação na Aconcágua Ultra Trail. Assista depois, ao final do texto. 

Aliás a Mari tem uma verve e um estilo muito peculiar ao escrever, deixo aqui o instagram onde ela compartilha muito do que passa naquela cabeça geminiana. Valeu a companhia, Mari! Sei que não foi você que me passou esse vírus bandido...

No decorrer daquela quarta-feira da semana passada 17 de janeiro, ao chegar no trabalho começo a sentir as pernas pesadas e a cabeça latejar.

O suficiente para o rendimento profissional despencar e só conseguir pensar em cama. Mas ainda bem esperançoso, uma vez que geralmente as gripes e resfriados que me acometeram durante esta vida quase sempre regrediam em seus sintomas após uma boa noite de sono.

O que não foi o caso desta vez. Até mesmo porque eu tive tudo exceto uma boa noite de sono.

Nariz trancado, dores por todo o corpo e até mesmo uma leve febre me castigaram por todo o período até a manhã seguinte. Mal conseguia permanecer em pé pela manhã.

Mesmo assim, sempre confiante que tudo passa, tudo passará, de volta ao trabalho. Pelo menos agora eu fico de certa forma "isolado" dos demais companheiros de trabalho, em uma sala exclusiva, onde nao correria risco de transmitir doenças aos camaradas.

Lancei mão então da dipirona que me aliviava os sintomas e me permitia produzir um pouco. Porém, aquilo que mais gosto de fazer na vida, que é estar com o corpo em movimento... sem condições.

Até tentei fazer uma leve caminhada mas foi um dos "eventos esportivos" mais sofrido dos últimos anos. Caminhar 1 quilômetro foi mais duro do que fazer a Indomir Bombinhas do ano anterior (leia aqui).

Assim chegava ao fim, tão no início, a proposta de fazer atividade física em cada um dos 366 dias deste 2024. 

Poucas vezes ansiei tanto por uma sexta-feira. Infelizmente não pude estar presente no pedal inaugural do ano da Bike4U que rolou no sábado. 

Passou a quinta, passou a sexta... assim como passaram o sábado e o domingo, dias estes por sinal que não coloquei o nariz para fora de casa, algo que não fazia havia alguns anos... isso de passar dois dias "trancado" em casa.

Tive aquela nítida sensação de que todos estavam se divertindo menos eu. Todos na montanha, na praia... e eu doente.

Malditas redes sociais né? As bolhas em que vivemos e que nos cegam para a realidade do mundo. O que é real é que nossa bolha faz as coisas que gostamos, que apreciamos. Mas o 98% do mundo que é fora dessa nossa bolha não. Essa maior parte também fica doente, também tem que trabalhar aos finais de semana às vezes, também "inveja" aquilo que a gente compartilha nessas também doentias ferramentas.

Falando delas, tenho estado novamente ausente por lá... Sinto-me mais feliz em dispender minha necessidade de colocar pensamentos para fora aqui em um teclado neste longevo blog. Em 2024 estou completando 17 anos de escrita ininterrupta aqui.

Nesta manhã de segunda-feira, 22 de janeiro, sinto-me relativamente melhor. Ainda sem muito apetite, graças muito aos limões, gengibres e dipironas sinto-me quase pronto pra retomar assuntos mais condizentes com quem se propõe a uma vida ao ar livre, nas montanhas.

Neste novo ano, estive no Morro do Anhangava já no primeiro dia, no dia 01. E não voltei mais. Estou em uma relação ambígua com a montanha e tratarei disso no próximo texto.

Por enquanto, registre-se que a gripe não me derrubou desta vez (nem pra covid-19 eu testei positivo), e que 2024 já chegou com dois pés na porta. Agora é renascer. Se já venci uma pesada gripe nos primeiros dias do ano, vejo como bom sinal do que vem pelos 11 meses restantes em 2024.

Excelente semana a todos vocês!



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