dezembro 21, 2012

Homem de Fases


De alguns anos para cá, me identifiquei muito com as corridas de montanha. Comecei a correr em 1993 e a subir montanhas em 1995. Passei a treinar e competir no esporte em 2007, participando ativamente do cenário e do boom que as corridas de montanha vem passando desde o começo de 2012, com o crescimento exponencial no número de provas e praticantes.

Vejo a vida como sucessão de ciclos. Percebo que os meus duram, em média, cinco anos. Entre 1993 e 1997 me iniciei na vida esportiva, correndo bastante (e muito mais rápido do que hoje) e fazendo algumas provas de duathlon. Entre 1998 e 2002 eu gostava mesmo era de pedalar. Cheguei até mesmo a competir em algumas provas do Campeonato Metropolitano de Mountain Bike, apesar do meu foco mais o lazer e a diversão. Entre 2003 e 2007 foi a fase montanhística. Mais de 40 cumes na Serra do Mar, montanhas em outros estados, travessias duras e roubadas mil. De 2008 para cá, como disse, as corridas de montanha ocuparam boa parte dos meus pensamentos.

É claro que sempre estive envolvido com outras atividades nestes ciclos. Eu corri montanhas recentemente, mas também pedalei, viajei de bike, subi montanhas por curtição nos Andes, por exemplo. Sempre foi algo que busquei para mim, essa diversidade.

Tudo me leva a crer que neste ciclo que parece estar se iniciando, a diversidade e a mistura de tudo isso será a tônica

Agora sim, em definitivo, com a cabeça mais tranquila e em ordem. Quando escrevi um primeiro post em novembro sobre o assunto havia apenas duas certezas: correr a K42 Bombinhas e estar mais nas montanhas. O tempo passou um pouco e em seguida eu já estava pensando em correr algumas provas a mais. Com essas ideias na cabeça, me atrapalhei um pouco. Juntou a jornada de trabalho estendida com a pura "preguiça mental" de programar e definir metas esportivas. E no começo do post também filosofei um pouco sobre como identifico facilmente os meus ciclos de cinco anos. Tive o privilégio de poder adquirir e assistir o filme A Fine Line (trailer neste link: http://vimeo.com/55782654), mostrando um pouco mais da vida do mestre-inspirador Jornet, e, agora, depois que o mundo acabou neste 21 de dezembro de 2012, vamos renovar tudo. Como o mestre, também senti falta de novos sonhos a serem buscados. Kilian Jornet correu e venceu as provas que ele desejava, sonhava desde jovem. Precisava de novo gás.

Em 2012 eu também consegui finalizar diversas metas que estavam penduradas, sendo a principal dela, por incrível que pareça, tem mais a ver com performance do que com montanha: marcar meu melhor tempo em uma maratona de asfalto sem neuras, apenas indo lá e correndo. Foi tudo sem planilhas, sem alimentação especial, sem suplementos (tão "necessários" hoje em dia para alguns), sem mesmo meu nome estampado, já que corri com a inscrição do amigo André Cruz que não pode vir à cidade. Demais objetivos esportivos imediatos eu já tinha conseguido acumular nestes anos do recente ciclo, tudo isso pode ser conferido aqui no blog:

a-) Correr uma ultramaratona em trilhas. Duas na verdade: Desafio Praias e Trilhas em 2009 e Ultramaraton de Los Andes em 2010.
b-) Estar por duas vezes nas montanhas andinas, uma delas subindo montanhas de até 6.000 metros e outra competindo na ultramaratona que citei acima.
c-) Correr algumas maratonas em asfalto (3 Curitiba, 1 RJ e 1 Foz do Iguaçu).
d-) Fazer o caminho do itupava subindo em pouco mais de 3 horas.
e-) Correr a Super Meia Maratona Noturna de Extrema por duas vezes, em 2011 e 2012.
f-) Estar em todas as edições da K42 Bombinhas, sempre me divertindo muito.
g-) Correr provas verdadeiramente de montanha, bem ao estilo europeu, como a Araçatuba Trail Run e a Perdidos Trail Run.

E assim, como o mestre Kilian, eu também percebi que "tiquei" a minha lista.

Hora de um novo ciclo, anunciado no post anterior.

Assim, estarei competindo em apenas duas provas: Araçatuba Trail Run em maio e na K42 Bombinhas em agosto.

Outras programações:

a-) viagem de bike em agosto, pelo interior do paraná.
b-) algumas travessias e caminhadas nas montanhas paranaenses por lugares que há anos não frequento, como os cumes e trilhas do Ferraria, Ciririca, Agudo da Cotia, sempre acampanado e curtindo com calma.
c-) explorações pelas bandas dos Campos do Quiriri, entre o PR e SC, durante as férias, expedição autônoma de pelo menos sete dias sem destino, até acabar a comida.
d-) a bike continuando como único meio de transporte.

Pronto para o novo mundo. E viva os maias!

Abraços e vamos festejar!




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