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Pré-Carnaval e Bicicletas

To numa vibe muito legal, um retorno do amor pela bicicleta. Bikes são paixões realmente infantis. Com certeza uma bicicleta de presente é algo que toda criança sonha vir com o Papai-Noel, por exemplo. Faz brilhar os olhos e quando finalmente aprendemos a nos equilibrar neste equipamento mágico e conseguimos dar a ela a direção que bem entendemos, um mundo se abre.

Aprendi a pedalar por volta dos cinco anos de idade, sem rodinhas. Era uma bike aro 20, ainda um pouco grande para a estatura mas foi com esta Monark Azul que conheci o prazer do vento na cara. Depois veio uma BMX, moda da época (início dos anos 80).

O Mountain Bike chegou ao brasil no final dquela década, começo dos 90. Minha família passava por grandes dificuldades financeiras e eu, quase adolescente, só podia sonhar com as "máquinas" que via nas revistas especializadas. Só fui ter minha primeira bike legal quando comecei a trabalhar aos 15 anos. Uma Caloi 12 usadinha, mas que me levava longe, em pedais de até 90 quilômetros de duração, rumo às praias do litoral paranaense. Não era uma MTB, era uma estradeira das mais gostosas de usar. Quadro em aço, 12 marchas e aros em alumínio - que novidade na época!

A Mountain Bike - MTB para os preguiçosos do teclado como eu - só veio aos 19 anos, sempre com o dinheiro que ganhava no trabalho. Nunca teve nada vindo do papai ou da mamãe, que não acreditavam muito na minha diversão sob duas rodas.

Até tentei competir, virar atleta, essas coisas. Cheguei a vencer uma etapa da Taça Paraná de Duathlon Terrestre na categoria 16-19 anos, em 1996. Como se podia ver, eu já gostava de correr na época, fazia 5 quilômetros em menos de 20 minutos, tinha jeito para a coisa.

Mas aí deixei a vida me levar e mantive-me apenas pedalando eventualmente. A paixão se reacendeu quando comecei a trabalhar na Jamur Bikes, em 2005. Permaneci nesta empresa por dois anos e meio, adquiri muito conhecimento técnico e um mundo de possibilidades. Com minha saída em 2007 eu já estava bastante envolvido pelas corridas em montanha, que tinha um cenário infinitamente menor que hoje. Quase não havia competições, nem muito conhecimento sobre o que era. Apresentei muita gente para este esporte, orgulho-me disso. A bike ficou um pouco de lado. Em 2010 retornei à Jamur Bikes, desta vez como Coordenador de e-Commerce, função que exerço até hoje junto com atendimento aos clientes da loja online. Sempre ligado nas novidades e com os sentidos aguçados.

Ter me casado em 2012 com a Ana Barbara que gostava mais de pedalar do que de correr, apesar de já ter completado duas maratonas, também teve a ver com minha reaproximação ao brinquedo de duas rodas.

E hoje, estou absolutamente encantado. Tenho a possibilidade de usar a bike como meio de transporte, não depender mais de transporte público (nem de carro, não tenho nem carteira de habilitação, nunca fez falta). Moro a pouca distância do meu trabalho, posso ir ao mercado fazer compras com a bike, ir ao banco, encontrar amigos, etc. Tudo de bike.

E agora, nos finais de semana, estou curtindo mesmo é ir para os matos do entorno da capital paranaense e pedalar, pedalar e pedalar.

E assim também promete ser o carnaval, acampando e pedalando, ainda não sei onde. Como companheira, a esposa, que compartilha da mesma paixão pelos pedais e a ilustre Cabrita, apelido da maquininha da foto abaixo, que consegui montar para me trazer esse sempre perseguido vento na cara.

Pedalando e girando, sempre!

Abraços.











Comentários

  1. Gostei do camelo! E aquela buzina, sensacional!

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    Respostas
    1. Buzina fom-fom deveria ser obrigatório =D Ajuda um montão na ciclovia. Valeus!

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  2. Respostas
    1. Ficou uma delícia de 10.700 gramas. Uma pena não poder usar v-brake, para manter as coisas simples. Infelizmente o hidráulico vai dominar. Por outro lado, a coisa funciona de verdade. Um verdadeiro alicate nas rodas! Abraços.

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  3. legal a sua história de amor pelas bikes e pelo vento na cara! :)
    eu sou uma das pessoas que se apaixonou por trilhas e aventuras lendo seus relatos... hoje, me sinto dependente química desse vento na fuça:)

    li o relato e já fiquei aqui pensando numa bike... as estradinhas onde me enfiaria levada por uma cabrita dessas! :)
    é uma ideia...
    uma ideia danada de boa!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ô loko, Elis. Fico contente que tenha inspirado uma alma sequer nesta vida. Sendo você uma delas, fico mais exibido ainda, rs. Brigado pelo carinho.

      Como sempre disse, o lance é diversificar. Porque o mundo oferece muita coisa. Veja você mesmo: correu nas ruas, está nas trilhas correndo há um tempinho e agora já tá fazendo os trekkings de montanha. Só ganhamos com isso, não?

      Beijos!

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