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Circuito Paranaense de Corridas em Montanha (!) 3ª etapa 2013

Olá!

Quem aí leu meu post sobre a segunda etapa deste mesmo circuito?

Tinha um ponto de interrogação após a palavra montanha do título, lembram?


Naquele post não fiz exatamente uma crítica, mas sim uma constatação de que a prova teve pouca dificuldade técnica. Poucas trilhas, desnível acumulado apenas razoável e muita estrada de terra. Falei o que senti. Comentei inclusive que a prova esteve bem organizada e que tudo funcionou nos conformes. Ficou apenas um vaziozinho no meu espírito perrengueiro.

Para a 3ª etapa do Circuito Paranaense de Corridas em Montanha que rolou neste domingo 08 de setembro em Campina Grande do Sul tive todos os meus anseios atendidos. Eu e mais quase duas centenas de malucos por montanha. Muitos deles certamente não imaginavam que iriam penar para apenas completar uma corrida em montanha com 12 quilômetros (anunciados). Tanto que o título do post veio com ponto de exclamação!

A largada foi as 9 da manhã no Posto Alpino I, às margens da BR 116 sentido São Paulo e logo encaramos 3,3km de estradão cimentado com inclinação absurda, beirando os 15 ou 16%. A seguir, veio uma trilha absolutamente deliciosa de correr. E pra deixar a "roubada" completa: sol forte na cabeça e trechos de campo de altitude (infelizmente ainda se recuperando de uma recente queimada) sem nenhuma trilha. Era seguir as fitas do percurso e boa. Incontáveis e exigentes trechos técnicos com lama, pedras soltas, cruzos de água e barrancos de fazer tremer os mais inexperientes. Tudo isso bateu numa prova com 11,4km (no meu relógio) e 800 metros de desnível positivo. Ou seja, pura montanha.

Muitos talvez não apreciem provas com esse nível de dificuldade. Porém, só ouvi elogios por lá. Parece que o boom do trail running tem colocado na cabeça das pessoas aquilo que sempre acreditei: quanto pior, melhor! Quanto mais desnível, quanto mais trilha - ou mesmo a ausência dela, quanto mais perrengue, mais conectados com a montanha estamos.

Importante comentar também a questão da hidratação. Sim, ainda haviam copos de água, mas em um posto de hidratação único, onde passávamos no quilômetro 3 e no 8, aproximadamente. Era proibido entrar na trilha com copos de água. Aos poucos, organizadores e atletas vão trabalhando nesta questão, visando o fim dos copos descartáveis nas provas e fortalecendo o aspecto autossuficiência do atleta.

E no fim das contas, ainda belisquei um pódio na faixa etária Masculino 35-39 anos, com um segundo lugar. Mais que ir pro pódio, meu desempenho me deixou contente por ter fechado isso tudo em 1h22min e em 14° lugar na geral. Quem for atento, irá notar que já fiz este tempo na primeira etapa, que rolou em São Luiz do Purunã mas é muito mais fácil tecnicamente falando, contando com "apenas" 450 metros de desnível positivo. Ou seja, evolução!

Meu muito obrigado à Território Mountain pela oportunidade de representá-los por lá, à minha esposa Ana Barbara que lá esteve fotografando, dando apoio e fazendo sua caminhada de montanha naquele lindo domingo de sol e a todos aqueles que apreciam a vida nas montanhas. Aos muitos amigos que encontrei lá, um forte abraço. Àqueles que não estavam, favor aparecer na próxima (risos), não irão se arrepender!

Parabéns ao organizador Naventura Eventos que montou uma prova de montanha de muita qualidade, aos atletas que encarar a parada toda com muita vontade e a todos aqueles que de alguma forma apoiaram essa realização.

Abaixo, algumas imagens.

Abraços!

Km 3. Foto: Barbara Volpão.
Subindo nos campos. Foto: Tatiane Caroline Burda.
Despencando nos campos: Foto: Tatiane Caroline Burda.
Despencando no concreto. Foto: Melissa Bueno.



Pós prova com a Ana Barbara e a Ana Bunick. Foto: Ana Bunick.

Os hospitaleiros e queridos amigos da MTS Performance. Foto: Daniella Cerdeiro.

Um raro podio para o Volpão. Foto: Barbara Volpão.



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