setembro 30, 2010

Maratona de Foz do Iguaçu 2010 - Considerações Finais

Buenas!

Acho que é sempre necessário um espaço de tempo antes de tomar certas decisões importantes para nossa vida... A verdade é que poucas vezes na vida senti tanta dor ao correr, como senti nessa Maratona de Foz do Iguaçu. Por diversas vezes, durante a prova, eu prometi a mim mesmo não submeter meu organismo a esse sacrifício. Gosto de curtir quando eu corro, e não ficar contando minutos e quilômetros, como fiz em diversos trechos desta corrida. Por este motivo, havia decidido, ao final da prova, não correr mais esse tipo de distância no asfalto, onde para mim tudo é mais enfadonho. Claro que o desafio é motivador e leva a gente adiante. Mas penso que talvez tenha chegado ao meu limite.

Não, esse post não é sobre parar de correr maratonas. Esse post é sobre correr mais e mais. Treinar mais e mais. Para que não haja dor, para que a experiência seja mais prazerosa. Obviamente prefiro as corridas em trilhas, mas o asfalto também tem a sua graça. É outro esporte. Sou um cara do mato, das montanhas. É nelas que gosto mais de estar, de me desafiar. E nelas que estarei mais presente após essa experiência em Foz do Iguaçu. Ver aquelas águas despencando, as mesmas águas que brotam do solo muito perto de onde vivo, no sopé da Serra do Mar, me fizeram pensar isso. Back to the mountains. Tudo (re)começará nos Andes, não propriamente na Ultramaratón que participarei no dia 16 de outubro, mas uma semana antes, em uma visita a um ponto lá no meio da Cordilheira. Voltar onde tudo terminou para mim em 2009, após uma experiência sobrenatural emocionalmente trágica e inquietante. Vou lá resolver essa parada e então voltarei às montanhas.

E isso, Foz do Iguaçu me trouxe. Essa é a principal consideração final: sofrer nas subidas e descidas de asfalto, no limiar da dor e do prazer, para depois ter como troféu as quedas do Iguaçu, me fez entender que essa relação me cai melhor junto à natureza.

Abaixo, algumas imagens da trip pelos Andes em 2009.

Beijos e abraços!



Refugio Federación (4.100 m)


Cerro El Plomo (+- 5.400m)


Cerro Aconcágua (6.962 m)


Punta de Vacas


Condores são comuns (por enquanto)


Após um dia com os pés molhados...


Aqui rolou a experiência sobrenatural...


O lugar mais lindo que já visitei neste planeta: Las Veguitas (3.200 m)



"Pero por que tienes tanta prisa?"

setembro 27, 2010

Maratona de Foz do Iguaçu 2010 - Considerações Gerais

A prova é sensacional! Já tinha ouvido falar muito bem da prova e da cidade de Foz do Iguaçu, e mesmo assim, minhas expectativas foram amplamente superadas. Segue breve resumo da empreitada chamada erroneamente (de forma proposital) por mim, nos posts anteriores, de Maratona das Cataratas. Trata-se, na verdade dos fatos, da maratona Internacional de Foz do Iguaçu.
Justificar
Acesso:

Saí de Curitiba em um ônibus de linha, no horário das 22:15 da sexta feira dia 24 de setembro. A empresa transportadora é a Viação Catarinense e oferece um serviço de qualidade pelo valor razoável de 100 reais, aproximadamente. Já no busão, era possível reconhecer a "fauna" típica que representa os corredores. Tênis e agasalhos deduravam as intenções destes passageiros e já ajudava a criar um clima promissor. Cheguei ao destino por volta das sete da manhã e já havia alguns microônibus da organização da Maratona (a cargo do SESC-PR) aguardando os atletas que chegavam de diversos destinos e aptos a distribuir a galera entre os hotéis conveniados.

Estadia:

Meses antes havia pesquisado alguns estabelecimentos (via internet, claro) e decidi pelo Hotel Villa Canoas, onde por 100 reais a diária, estando na região central, próximo às necessidades. Para lá me dirigi, largamos a bagagem e parti de ônibus tipo urbano para a fronteira paraguaia, a qual cruzei via Ponte da Amizade desembarcando apenas do "lado de lá". A idéia era não gastar e me mantive fiel a essa idéia, sem compras dignas de nota.






Pré-Prova:

De volta ao Brasil, já sob forte calor, fui descansar um pouco no hotel antes de ir rumo à sede do SESC Foz, onde iria rolar o congresso técnico e a entrega dos kits, bem como um jantar de massas opcional na sequência. A organização também oferecia o transporte para estes eventos mas preferimos embarcar mais tarde em outro ônibus urbano, encontrando sem dificuldade o local marcado, graças à sempre presente cordialidade que rola entre os corredores anônimos e desconhecidos que porventura se trombam em cidades estranhas. Lá no SESC, assisti o congresso, que ofereceu informações básicas sobre a prova e teve a presença do padrinho da prova, Vanderlei Cordeiro de Lima. Em seguida a retirada do kit, bastante simples e sem frescura, contendo uma bolsa, uma camiseta, um chip, um numeral e quatro alfinetes. Após isso rolou o jantar de massas, com uma fila considerável até poder caprichar o prato. O valor do jantar estava em 13 reais e também estava disponível para os acompanhantes. Hora de voltar para o hotel, sob chuva forte, mas protegido pelo transporte feito com as vans contratadas para os diversos deslocamentos dos inscritos e seus acompanhantes.



Manhã da prova:

Acordar cedíssimo, às quatro e vinte da manhã, comer algo de improviso, já que o hotel não serviria o desjejum naquele bendito horário e encontrar o transporte da organização às cinco e quinze para levar os atletas à largada, localizada na Itaipu Binacional. Nada de chuva e nada de estrelas no céu. Desenhava-se um dia agradável para correr. No fim das contas, durante a prova o sol não deu as caras e rolou até mesmo uns chuviscos em alguns trechos, mantendo uma temperatura bem agradável para correr. Chegamos na estupenda estrutura da Usina Hidrelétrica de Itaipu por volta de uma hora antes da largada, a qual estava marcada para as sete da manhã. Ainda na escuridão, parte dos atletas, eu inclusive, se reuniu no mirante central para apreciar a colossal obra de engenharia.



A Corrida:

Largada á sete em ponto e pé na estrada. Os acompanhantes foram levados direto à chegada, no parque Nacional do Iguaçu, 42.195 metros adiante. A largada já é feita em forte descida e seguimos em direção ao centro de Foz do Iguaçu, o qual é atingido lá pela marca dos 16 quilômetros. Aqui também a organização mostrou-se impecável, com água a cada 3 quilômetros, coca-cola, isotônico a vontade e staff cordial. Tudo estava muito bem sinalizado e havia uma pequena presença de público nas ruas, com uma concentração maior na Avenida Brasil, onde pude até ouvir a galera gritando meu nome (que estava estampado no numeral de prova). Foi bacana. Logo em seguida uns barrancos no asfalto, com subidas e descidas insanas até aproximadamente o km 24. Isso não significava que a altimetria seria mais favorável, mas apenas que as pirambeiras mais íngremes já tinham ficado para trás. Na verdade ou você está subindo ou você está descendo. E assim foi a prova toda. Algumas subidas eram mais assustadoras, como essa que a Fernanda Paradizo fotografou e tomei a liberdade de reproduzir aqui.



Chegando:

Por volta do km 35 entramos no Parque nacional do Iguaçu e tudo fica absurdamente verde. Cercado de mata por todos os lados e tendo a companhia apenas dos ônibus que passavam repletos de turistas empolgados com a presença dos atletas mais lentos como eu, fui tirando forças não sei de onde para superar as dores musculares que me acompanhavam desde o km 25. Intercalando pequenas caminhadas com um passo mais forte, consegui atingir uma meta imaginária de fazer minha melhor marca em maratonas, coisa que nunca dei muita importância, mas sei que é um bom motivador para atletas darem o melhor de si. E assim, curiosamente tenho minhas melhores marcas em maratonas, sempre em provas mais duras. Meu pior tempo em maratona de asfalto foi na primeira delas, na plana Maratona do Rio de 2009. E o melhor foi aqui, na absurdamente ondulada Maratona de Foz do Iguaçu, onde reduzi em dois minutos meu tempo da também dura (pero no mucho) Maratona de Curitiba. E assim finalizei, sob cenário ímpar, minha sétima maratona na vida, sendo a terceira em asfalto. Tempo final de 4h35min e poucos segundos. Afinal, o que são segundos diante de tamanha beleza?

Pós Prova - Relax:

Após uma breve sessão de massagens, fui turistar, me misturando aos gringos todos e fazer fotos, vídeos, caras e bocas diante de um cenário maravilhoso. TODOS neste planeta, deveriam conhecer esta beleza.



Não precisa chegar correndo como nós fizemos...vai de bus mesmo! E aproveite pra se enfiar nas águas do belo Iguaçu, cuja nascente, de forma curiosa, fica muito próxima da minha casa. Após os passeios pelas passarelas, devorei um junk food por lá mesmo e voltei para o centro da cidade.

Finalmentes:

Resto de tarde lesado, com cervejinhas e polenta frita, na bela e pacata Foz do Iguaçu. Gostei demais da cidade, muito próxmo daquilo que considero ideal, um equilíbrio entre uma grande cidade mas com um jeito interiorano bem agradável. Deixei a cidade muito cedo, na segunda feira, tomando um vôo da Gol que partiu às seis da manhã, ainda na escuridão.

No decorrer da semana farei as considerações finais. Agradeço também todo apoio que recebi de amigos, namorada, família, patrocinadores. Sem todos vocês, essa parada não teria rolado. Super abraço pra galera que interage, seja aqui no blog, seja no Facebook, no (mal)dito twitter, enfim, em todos os cantos onde costumo aparecer.

Hasta la vista!

setembro 24, 2010

Um beijo na bunda e até segunda!

Buenas!

Rumo a Foz do Iguaçu e até segunda-feira, quando espero poder compartilhar com vocês mais uma experiência de correr maratonas apenas por prazer, sem se preocupar com o tempo de conclusão, mas sim em aproveitar a prova, o percurso, as pessoas e o astral.

Um grande abraço e obrigado pela torcida que tenho recebido durante essa semana.

Valeus!

setembro 22, 2010

Maratona de Foz (pré-prova)

Buenas!

Esta semana, além da ansiedade natural, promete ser de muita chuva para as bandas das três fronteiras conforme imagem com a previsão do tempo abaixo (clique na imagem para ampliar).



Espero, pelo menos, que as cataratas estejam com boa vazão, para que minha passagem por lá seja ainda mais inesquecível. Eu, como montanhista e aventureiro ávido por lugares pouco frequentados e mais alternativos, confesso que estou bastante animado em conhecer uma das atrações turísticas mais visitadas do Brasil. Afinal, são as Cataratas do Iguaçu, porra! E o mais bacana: sairei correndo da Usina de Itaipu e chegarei nas Cataratas pelas minhas próprias pernas! Isso, pra mim, tem uma simbologia fantástica. Isso me realiza muito mais do que ficar dando voltas em São Paulo ou Porto Alegre, participando de suas maratonas, por exemplo, com o objetivo de fazer tempo. Curitiba tem um valor simbólico para mim, é minha cidade natal, então, sempre que puder vou correr sua maratona. No Rio também achei muito interessante a idéia de começar lá lonjão, no Recreio e deixar minhas pernas me conduzirem até o Aterro pela belíssima orla carioca.

Maratona, para mim e para muita gente, também é turismo. Sou maraturista assumido :)

Rumo a Foz!

setembro 20, 2010

Polimento para a Maratona das Cataratas 2010

Ou seria para a Ultramaratón de Los Andes que vai rolar em menos de um mês? Não sei. Nem to fazendo polimento coisa nenhuma. Na semana anterior às maratonas que participei, eu apenas evitava correr nos 3 ou 4 dias anteriores. Isso significa que devo rodar um pouco nesta terça e na quarta, no máximo uns 15 km na soma dos dois dias. O que tinha que treinar foi (ou não) treinado.

Falando nisso, admiro essa seriedade toda presente em muitos atletas amadores antes de uma prova como essas. Não que eu despreze a maratona, muito pelo contrário. Levei 16 anos de corridas de no máximo 28 quilômetros para decidir encarar a minha primeira prova na mítica distância. Mas eu corro por prazer, por tesão e não por performance. E quem passa por aqui já está cansado de saber disso. De toda forma, espero que mais e mais pessoas possam jogar fora seu Polar e se divertir mais.

Portanto, nada de muito rigoroso no polimento também. Meu corpo se sente bem descansando esses dias todos antes de uma Maratona. após a prova devo descansar uns cinco e dias e ficar nos trotinhos sem compromisso até a Ultramaratón de Los Andes. E depois dela, só Papai do Céu sabe, mas é certeza que correrei a Maratona de Curitiba for fun, mais uma vez.

Abraços!


Atleta em fase de polimento pré-maratona.

setembro 19, 2010

Confissões

Queria poder curtir um final de semana de preguiça sem me cobrar tanto.

Porra, to treinado, corro pra cacete o quanto e quando quiser.

Vou chegar lá no Chile e completar os 50K de corrida com um mínimo de treino porque tenho a mente preparada pra isso...quem me levará adiante, e sempre me levou, é a mente é o jamais desistir, qualquer que seja a dor. Se não completar essa corrida será por doença, não por cansaço.

Não, não é o fisico, jamais foi... Eu não tenho essa força, esse preparo físico todo... mas quando eu estou motivado pra ir até o fim eu faço até a Badwater.

Eu sei o que é ter que andar, andar e andar... O mais rápido possivel porque era a única alternativa pra nao morrer. Já passei por duas ou tres situações assim em minha vida de montanhista.

Passei um dia todo andando por montanhas secas e desconhecidas sem uma maldita gota de água em 2002, a ponto de quando encontrei uma pedra coberta limo úmido eu sorvi aquilo como se fosse a mais gelada das cervejas.

Tentei, com alguns amigos, fazer a Travessia da Serra Fina em 12 horas porém desistimos devido ao mau tempo, optando por uma rota mais curta, porém desconhecida. Escureceu e obviamente nos perdemos. Mas nos achamos, não desistimos porque isso nunca passa pela cabeça de pessoas determinadas. Veja o vídeo aqui.



Passei oito dias sem banho, dormindo mal sete noites, comendo mal oito almoços e evacuando oito manhãs atrás de pedras sob frio de 0 grau porque queria subir minha montanha de 6.000 metros. Começar a caminhar às três da manhã, sob temperaturas negativas, sobre o gelo em terreno desconhecido graças a um objetivo. Não há nada de sacrifício ou esforço físico nisso. Existe vontade, desejo, busca e fé. Veja o vídeo aqui.



Não tem essa de ficar lamentando que tá longe, tá calor, tá com sede...tem que andar, tirar força não sei de onde...mas tem que ir.

Tudo isso sem platéia pra bater palma, sem twitter pra se exibir, sem site pra postar foto com medalha no final.

E compartilho tudo isso aqui não para mostrar que sou foda. Longe disso. Fodão era o Shackleton, era o Mallory. Compartilho aqui pra mostrar que você também pode. Que você não precisa de ninguém dizendo quanto e como correr, pra onde ir, qual montanha subir e que métodos precisa. Eu tenho esse blog não pra contar meus feitos, mas pra motivar quem passa por aqui. Uma das maiores alegrias da minha vida é quando recebo um mail ou um comentário com dúvidas ou com observações. Saber que estou sendo útil sem cobrar nada por isso. Tenha certeza você, leitor, que tem a oportunidade de ler essas confissões, faz parte desse cara que está escrevendo aqui. Compartilhar sentimentos bons, sem choradeiras desnecessárias, expondo minha opinião sobre os mais diversos temas (que sei que acaba chocando alguns), isso é parte de mim.

Mas admito que não consigo lidar comigo mesmo nessa hora do conforto, da preguiça q se abate, na desmotivação em treinar...sou confiante demais no meu psicológico durante as ações...mas aqui, na cidade, longe das montanhas, eu sou fraco...lá em cima eu sou forte.


“Mas os dias que estes homens passam nas montanhas, são os dias em que realmente vivem. Quando as cabeças se limpam das teias de aranha, e o sangue corre com força pelas veias. Quando os cinco sentidos recobram a vitalidade, e o homem completo se torna mais sensível, e então já pode ouvir as vozes da natureza, e ver as belezas que só estavam ao alcance dos mais ousados.” Reinhold Messner


Será que o sorriso pleno só me invade acima dos 2.000 metros de altitude?


Acampamento El Salto (4200 metros de altitude). Cordón del Plata -Argentina.


setembro 16, 2010

Mídia - George Volpão em caderno especial da Gooutside

Bem,

Acho que existe uma linha muito tênue, que eu mesmo muitas vezes não sei identificar, entre massagear nossos egos com conquistas duvidosas e repassar informações pertinentes, compartilhar acontecimentos e alegrias.

Tento, na medida do possível, guardar muitas alegrias e conquistas comigo mesmo. Tornar públicas certas coisas me trazem sentimentos dúbios, um misto de exibicionismo por um lado, com um tanto de satisfação pessoal, pela conquista de alguns objetivos.

Mas este espaço aqui, que é mantido muitas vezes com esforço, devido ao pouco tempo que tenho para atualizações e discursos sobre ética, prazer e valores, tem um valor importante para mim. Através dele consiugo passara dianta muito do que acredito e conquisto. Existem pessoas e empresas por trás disso, que acreditam nisso tudo e me valorizam, mesmo (ou até mesmo por isso, por ser autêntico nos pensamentos e ações) com as polêmicas que sempre levando.

Então, a partir de hoje compartilharei também com vocês, tudo aquilo que tem saído na imprensa sobre este que vos escreve. Afinal, nada mais justo que dar visibilidade àqueles que acreditam em mim e em meus projetos e realizações.

Faço isso mais por vocês que creem em mim do que pelo ego do atleta George. Este se satisfaz ao receber um mail pedindo conselhos, pois consegue, dessa forma, ver que tudo aquilo que estou vivendo está sendo útil também para alguém.

Obrigado.

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Na Running Show realizada meses atrás em São Paulo, rolou uma açao promocional da Revista Go Outside com um especial de 30 páginas sobre corridas de montanha. Fui contatado semanas antes pela repórrtes Lilian Haddad para fornecer minha contribuição, junto a grandes nomes do esporte outdoor do Brasil. Fiquei muito lisonjeado e de pronto respondi ao mail, com minhas impressões sobre os temas propostos. Basicamente, uma matéria com dicas sobre o esporte que amo, as corridas de montanha.

Fica aqui, então, registrado meu agradecimento à Revista Go Outside, ao meu patrocinador Território Online, ao meu apoiador Proativa (através das maracas Deuter, Lafuma, Lorpen e Suum) e, principalmente àqueles que acreditam que o caminho do meio, é sempre o mais interessante e sempre passam aqui atrás de alguma idéia.

Obrigado [2]


setembro 15, 2010

Uma semana de algumas decisões

Gosto muito quando as coisas acontecem naturalmente. Mas, por vezes, precisamos fazer a coisa andar mais rápido. Com a chegada do final do ano e, principalmente, minha ansiedade típica para que 2011 comece tão bem quanto este ano começou para mim (motivação), me levam a tentar apressar algumas coisas.

Portanto, essa é semana de definir calendário 2011 e a verba necessária para isso, preservar as boas parcerias, dar valor a quem merece, deixar para trás os losers de uma vez por todas, colocar no papel quem está, de fato, proporcionando verdades na minha vida e, finalmente, colocar na cabeça que se eu não fizer a minha parte, ninguém poderá fazê-la por mim.

10 dias para Foz do Iguaçu e menos de um mês pra ultra dos andes. E sem essa de ficar contando dias e horas, porque acho brega pra cacete.

Beijos e abraços!

setembro 13, 2010

Week Summary - 06 a 12 de setembro

Segue o resumão!

06-09-10
Day-Off, sem treinos, para os que preferem em português.

07-09-10
Tarde: 21K - Bike em pouco mais de uma hora.
Friozinho gostoso no feriado da independência. Bom pra pedalar um pouco, em uma belíssima estrada, mais adequada ao MTB do que à minha speedzinha. Espírito das trilhas permanece até no meu ciclismo de estrada!
08-09-10
Tarde: 13K em 1h05'00", quase todo em estrada de chão.
Ótima corrida com um bocado de subidas, descidas e estradas de chão. Uma semana sem correr me fez muito bem!
09-09-10
Noite: 8K em 48'03", todo em asfalto, pelas ruas de Curitiba.
Tava frio e chuviscando. Pernas pesadas...
10-09-10
Day-Off, sem treinos.
Sexta-feira é, naturalmente o dia em que dou um descanso. Então não tem porque ficar aqui justificando, hehe (texto tipo ctrl+c, ctrl+v).
11-09-10
Manhã: 34K em 3h42', quase todo em terra batida.
Tesão de corrida longa em Brasília, sob muita secura e calor. Quase 30 graus. Muita grama e terra batida, poucas subidas. Curti! Brasília é a capital do concreto, mas na maior parte do tempo foi possível correr na grama ou em terra batida. Corri equipado com mochila de hidratação, para "relembrar" como é, já que terei que usá-la na Ultra de Los Andes. bão dimais, sô!


06-09-10
Manhã: 10K em 56'12", quase todo em asfalto.
Pernas cansadas, clima quente e seco: sem problemas, adoro isso! Foi muito bom fazer esse treino e também relembrar como funcionam as pernas cansadas.
Show de bola! 65 Km na semana, enfim, pronto pro que está por vir.

Beijos e abraços.

Eixo Leste (eixinho de baixo), tudo muito seco.

setembro 08, 2010

Correr em montanhas (imagens)

Algumas imagens inspiradoradoras sobre as verdadeiras corridas de montanha que rolam na Europa (já corri provas com esse nivel de dificuldade aqui no Paraná, em 2007). São imagens retiradas do Facebook do atleta catalão Kilian Jornet.

Quem sabe, assim fique mais fácil entender quando eu digo que corridas de montanha e corridas de asfalto são esportes diferentes.

Jamais será minha intenção afirmar que um é melhor, mais difícil, mais emocionante que o outro. Tenho apenas minha preferência e o clamor das montanhas sempre me levam a elas, no fim das contas.

Buenas!





setembro 02, 2010

The North Face Endurance Challenge - Ultramaratón de Los Andes 2010 (post III)

Segue abaixo um vídeo promocional, com imagens da prova do ano passado.

Dá pra ver que a energia, o astral, as paisagens e, principalmente, o desafio é dos melhores! Nesta corrida, o percurso e as distâncias são seletivas, e não a disponibilidade econômica (inscrição mais barata que muita corrida de modinha). Não precisa fazer parte de assessoria, nem ser bem relacionado e nesta competição, com certeza, vai quem quer. Na verdade, acho até mesmo que não se trata de uma corrida. É, na verdade, uma celebração por estar ao ar livre, longe dos carros, da poluição e dos cronômetros. Estar nas montanhas é, definitivamente, mais que um esporte, um estilo ou um rótulo. É preciso amá-las com intensidade. E isso, sei o que digo, não é para qualquer um. Convido você a ir e, quem sabe, se apaixonar pelas alturas. Como eu.

Como estou saindo de férias em outubro, nada melhor que coincidir com essa competição realizada na maravilha que são os Andes Centrais, onde já estive no início de 2009.

Estou nas montanhas desde 1995 e, confesso, ando relapso nesta relação. Até parace que depois que conheci os Andes, deixei a minha querida Serra do Mar (onde tudo começou para mim) de lado. Mas eu volto, ah, eu volto. Amo minha serra querida, que me trouxa tanta coisa boa, momentos incríveis e, mais que tudo, ensinou que o que vale de verdade na vida, é ser íntegro. Todos nós escorregamos, por vezes, fazendo alguma cagada. Fiz algumas, claro, quem não fez? Mas o que fica são as lições de verdade, lições de humildade que aprendemos quando ousamos subir àquelas alturas e, se a montanha permitir (ela é soberana), desfrutar bons momentos, trazendo conosco essas lições e aplicando em nossa vida aqui embaixo.

E paremos de pieguice, indo direto ao vídeo, que não pôde ser incoporado devido às restrições impostas pelo usuário.

Portanto, clique aqui e divirta-se!

Buenas!