Dois meses depois, voltei a correr em trilhas — novamente no Anhangava. Nesse meio tempo, foram poucas corridas pela cidade, mas com direito a um longão solitário de 21 quilômetros por Curitiba. E muita bicicleta — coisa de uns 700 km por mês, girando pensamentos junto com os pedais. Troquei de bike, muitos de vocês já devem saber. Não para “correr de bike”, mas para ter um equipamento que me acompanhe numa preparação física mais exigente, mais honesta comigo mesmo. Até participei de uma prova de 35 km de gravel e de três etapas da Copa Evolue. Por um momento, cogitei levar o ciclismo a sério, treinar mesmo, pensar em provas de ultradistância — essas loucuras longas que sempre me atraem, seja correndo ou pedalando. Mas, no fim, percebi que não é bem por aí. A bicicleta e a corrida em trilha são, pra mim, expressões de liberdade. Por mais que admire e estude métricas, que analise frequência cardíaca, pace, altimetria, gordura corporal, HRV — tudo isso me fascina — ainda assim, nada subs...