Não vou dizer que o motivo maior foi apenas o pôr do sol. Eu poderia ter saído mais cedo da Fazenda Pico Paraná e ter curtido um pouco mais a caminhada. A verdade é que sinto prazer em caminhar rápido quando estou sozinho. Não há porque me demorar…
Na verdade eu não gosto de caminhar sem companhia e tiro do disparar do coração e do ofegar da respiração meus parceiros de momento. Quando eu consigo oxigenar em profusão o meu cérebro e inundar com endorfina minhas células musculares, eu sinto que estas substâncias me são parceiras e preenchem o vazio momentâneo da ausência de companhia humana.
Saí a passos largos e decididos e em surpreendentes poucos minutos me vi já no Morro do Getúlio, onde iniciei minhas imagens e filmagens. Nas costas tudo o que eu precisava: um corta vento ridículo, uma lanterna minúscula com pilhas já fracas, 700 ml de água, 3 sachês de gel energético, um rádio comunicador (apesar de ter deixado os amigos avisados que caso eu não aparecesse até as oito da noite meu ataque realmente poderia ter sido suicida) e uma câmera fotográfica.
Nessas horas me vejo como montanhista dos extremos. Ataques superleves, em tempos absurdamente rápidos de ascensão às montanhas (vide como exemplo a tentativa frustrada de ataque em 12 horas na Serra Fina em 2004, onde fiz com meus companheiros a Pedra da Mina via Capim Amarelo em somente 5h15 min); misturando-se com quilos e mais quilos de puras doses de conforto para acampar em belíssimas montanhas como o Itapiroca e o Camapuan, levando quase todo o conforto de casa para as montanhas, principalmente no que se refere ao pecado da gula.
Cada estilo é uma “viagem” e adoro ter esses dois lados. Opa, tem um terceiro, o mais aventureiro, onde montanhas sem trilhas ou de difícil acesso exigem duras horas de caminhada. Neste final de semana fiz algo que não fazia havia tempo: estar comigo mesmo em breves momentos de montanha, caminhar rápido e longe ( se você acha o Caratuva uma montanha de fácil ascensão então você está em um nível superior de condicionamento, pergunte para qualquer pessoa “normal”), ver um pôr do sol de cinema! Muito melhor e mais satisfatório que muitas caminhadas pretensiosas que já fiz por estas bandas.
No retorno a Festa Junina da Fazenda Pico Paraná, bem divertida por sinal, apesar dos excessos de alguns que além de não participarem do evento, não tiveram um mínimo de educação com as pessoas que de fato estão sempre por lá, montanhistas de fato. Infelizmente algumas pessoas tem a vã ilusão de que o mundo pode lhes pertencer. Definitivamente não sei se a Fazenda Pico Paraná, por ser local freqüentado em noventa por cento das vezes por pessoas de boa índole e respeito, deva voltar a ser palco de festas onde se tente juntar pessoas de diferentes “tribos”. Não que montanhistas sejam santos, mas respeito é bom e todos gostamos. Tanto que para não me estressar, fui domir morro acima, na Pedra do Grito, onde o silêncio era quase total.
Mas isso é assunto pra outra postagem. O que ficaram foram as imagens do pôr do sol.
Na verdade eu não gosto de caminhar sem companhia e tiro do disparar do coração e do ofegar da respiração meus parceiros de momento. Quando eu consigo oxigenar em profusão o meu cérebro e inundar com endorfina minhas células musculares, eu sinto que estas substâncias me são parceiras e preenchem o vazio momentâneo da ausência de companhia humana.
Saí a passos largos e decididos e em surpreendentes poucos minutos me vi já no Morro do Getúlio, onde iniciei minhas imagens e filmagens. Nas costas tudo o que eu precisava: um corta vento ridículo, uma lanterna minúscula com pilhas já fracas, 700 ml de água, 3 sachês de gel energético, um rádio comunicador (apesar de ter deixado os amigos avisados que caso eu não aparecesse até as oito da noite meu ataque realmente poderia ter sido suicida) e uma câmera fotográfica.
Nessas horas me vejo como montanhista dos extremos. Ataques superleves, em tempos absurdamente rápidos de ascensão às montanhas (vide como exemplo a tentativa frustrada de ataque em 12 horas na Serra Fina em 2004, onde fiz com meus companheiros a Pedra da Mina via Capim Amarelo em somente 5h15 min); misturando-se com quilos e mais quilos de puras doses de conforto para acampar em belíssimas montanhas como o Itapiroca e o Camapuan, levando quase todo o conforto de casa para as montanhas, principalmente no que se refere ao pecado da gula.
Cada estilo é uma “viagem” e adoro ter esses dois lados. Opa, tem um terceiro, o mais aventureiro, onde montanhas sem trilhas ou de difícil acesso exigem duras horas de caminhada. Neste final de semana fiz algo que não fazia havia tempo: estar comigo mesmo em breves momentos de montanha, caminhar rápido e longe ( se você acha o Caratuva uma montanha de fácil ascensão então você está em um nível superior de condicionamento, pergunte para qualquer pessoa “normal”), ver um pôr do sol de cinema! Muito melhor e mais satisfatório que muitas caminhadas pretensiosas que já fiz por estas bandas.
No retorno a Festa Junina da Fazenda Pico Paraná, bem divertida por sinal, apesar dos excessos de alguns que além de não participarem do evento, não tiveram um mínimo de educação com as pessoas que de fato estão sempre por lá, montanhistas de fato. Infelizmente algumas pessoas tem a vã ilusão de que o mundo pode lhes pertencer. Definitivamente não sei se a Fazenda Pico Paraná, por ser local freqüentado em noventa por cento das vezes por pessoas de boa índole e respeito, deva voltar a ser palco de festas onde se tente juntar pessoas de diferentes “tribos”. Não que montanhistas sejam santos, mas respeito é bom e todos gostamos. Tanto que para não me estressar, fui domir morro acima, na Pedra do Grito, onde o silêncio era quase total.
Mas isso é assunto pra outra postagem. O que ficaram foram as imagens do pôr do sol.
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