novembro 24, 2009

Maratona de Curitiba 2009 - Post Técnico

No começo do dia o céu azul logo ao amanhecer (algo pouco comum na terra dos pinheirais) já anunciava que o dia seria quente.

Na largada logo cedo, já fazia 23 graus. Na Maratona do Rio que fiz esse ano no mesmo horário estava 18 graus.

Como havia me programado para correr apenas uns 10 ou 20 quilômetros corri de uma maneira mais displicente. Nada de meias de compressão e nenhum cuidado pré-prova, já que na semana anterior não caprichei nos carboidratos nem na hidratação. Além disso, na véspera andei feito um doido pela cidade.

Mas quando alinhei na Av. Cândido de Abreu pouco antes das oito da manhã eu já tinha tudo em mente:

1-) 1 gel GU a cada 45 minutos.
2-) 2 copos de água em cada posto de hidratação.
3-) 40 gramas de ruffles por volta do km 20 junto com uma lata de coca-cola.
4-) Após o km 30 deixar rolar tudo: isotônico, água, o que viesse.
5-) Correr com o coração, até o pórtico de chegada.

Porra, como assim correr apenas metade da prova, justo na minha terra natal e com tanta gente alto-astral por perto?

Enfim tá aí o meu "segredo" (que não segredo pra ninguém). Quatro semanas depois dos 84 Km do Desafio Praias e Trilhas em Floripa eu mandei um 42K no asfalto, praticamente sem treino. Corri a Poderes da Lua de 5K em BH e depois disso treinei apenas a ridícula quantia de 18K, divididos em 8K pelo Belvedere na capital mineira e mais 10K aqui na gélida terra sulina.

Fechar a Maratona de Curitiba com um tempo 10 minutos melhor que o obtido 5 meses antes no Rio de Janeiro, foi consequência da base que obtive ao longo desse tempo e principalmente da força de vontade.

Essa força de vontade, aliada a um bom planejamento de hidratação e reposição energética e de sais na prova, foi fundamental para o sucesso. Nada de cãimbras, o ritmo foi excelente para meus padrões e ainda rolou um sprint final sem traumas. Vestuário perfeito, com bermuda de compressão, camiseta Solo Ion Lite e meias Mizuno de quase dez reais, além do velho amigo Mizuno Prorunner 11.

Nenhuma bolha nos pés, nenhuma unha preta. Apenas algumas marcas deixadas pelo sol, visto que iria correr apenas uma ou duas horas e acabei fritando por 4 horas no sol forte.

Não faria nada diferente. Foi perfeito.

Que venha 2010! Um abraço.


Yara Achoa, Antonio Colucci, Xurupita e Volpão na entrega do kit.


Olha o Volpão chegandooo!

2 comentários:

  1. Grande George!
    Cara, digo sem receio de soar piegas que tenho você como exemplo. A forma realista que você coloca seus posts e sua experiência no mundo das corridas de trilhas, desmistificando conceitos e modismos, é incentivadora, e mostra que vencer essas distâncias e dificuldades é possível para qualquer um que tenha força de vontade, afinal, num mundinho onde muitos acreditam que o título de "corredor" só pertence àqueles que estão presos a uma assessoria, um frequencímetro, um tênis de 900 reais, mas não acredita que um pacote de Ruffles e uma Coca-Cola pode fazer parte do "arsenal" de um maratonista.
    Parabéns!

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  2. Mr. Thiago! Muitissimo obrigado pelas palavras! Bom demais saber que o que é escrito aqui não fica perdido e que tenho leitores fiéis como vc.

    Como sempre disse, o segredo está na simplicidade.

    Brigado mais uma vez.

    Grande abraço!

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