Estive neste sábado passado presente nesta corrida, que me lembra muito os trajetos que percorro em meus treinos: estradas de chão batido com algumas subidas. É verdade que este percurso não teve tanta subida como eu esperava. Marcando na foto de satélite deu 13 kilômetros, um a mais do que o anunciado. Sendo assim até que o ritmo foi forte, pois deu para fechar em 1h03'55".
A largada foi no sábado, 22 de janeiro de 2011, às 16 horas sobre forte calor e tempo abafado, com algum sol. Pouco após a metade da prova despencou um temporal que aliviou um pouco. Em torno de 140 corredores apareceram, e acabei fechando um sétimo lugar entre 12 atletas na categoria. Ou seja, nível altíssimo, já que com o tempo que fiz neste ano, em 2010 teria ficado em terceiro com os mesmo número de inscritos no ano anterior.
Mas foda-se isso. Quando a gente começa com essa palhaçada de se importar mais com colocação do que com tesão, é sinal que não está curtindo a prova. E, falando nisso, participar dessa prova me trouxe milhões de soluções para muitas coisas que estavam programadas e que seriam colocadas em prática. O melhor resultado de ter encarado esta competição foi definir um belo norte para os próximos passos, rumo aos 80 (quilômetros, não quilos). Deixemos essa coisa de brigar por minutos e segundos para os canelas secas e para quem tira prazer do relógio. Admiro cada vez mais esses tipos, e isso não é ironia. Jamais conseguirei pensar com essa lógica dos números, paces e relógios. Sou um cara das montanhas, gosto de liberdade. Somente correr pelas montanhas me proporciona isso.
De toda forma, foi muito divertido estar nesta prova e participarei das edições seguintes com o maior prazer. Velhos e novos amigos, lá estava a Ultra Elisete, a Vivian (que pegou terceiro geral), o Bruno (leitor do blog que estava lá de Brooks Green Silence e me chamou a atenção imediatamente, tornando-se mais um brother), o Piazza (terceiro no geral masculino) e outros companheiros das antigas, das provas de montanha que fiz em 2007 e 2008.
Agora, melhor de tudo, foi o treino do dia seguinte, domingo. 18Km com muita subida, com muito calor e muita vontade. 70% em estrada de chão na bela Campina Grande do Sul. Corrida, para mim, do jeito que tem que ser.
Bora pra uma semana mais light e em fevereiro volto com tudo.
Beijos e abraços.
Salve, salve.
ResponderExcluirNúmeros só servem pra dar trabalho.
Ter uma noção deles é bom, mas além disso só dá trabalho.
hehehehe
Foi uma prova muito bacana, ainda mais pra quem é estreante no barro, hehe. Mas que assusta, assusta! Um sobe e desce que não tá no gibi.. pessoal gente boa fazendo a prova, bons papos durante o percurso, apoio das crianças locais.. é mais um contaminado pelo bichinho que mora fora do asfalto. :)
ResponderExcluirGeorge,
ResponderExcluirParabéns pela corrida. Queria ter participado, mas ainda tenho dúvidas se consigo correr mais de 10 km. E parabéns em dobro pelos 18 km no dia seguinte.
Quanto ao tempo, pace, colocação, etc., existem pessoas que conseguem praticar atividade física sem essa competitividade (contra si mesmo, contra os outros, contra o tempo), mas existem outras pessoas que sentem prazer a mais em controlar o pace, em conseguir uma boa colocação e em melhorar o tempo. Pode ser que o seu "nirvana, clímax, etc.", seja a liberdade; para outros, como eu, importa a "superação", nem que seja subir no pódium em terceiro lugar quando só existem sete pessoas na categoria.
Sei lá, não vejo as duas posições como inconciliáveis. Dá para correr no espírito da montanha - como você diz - assim como dá para correr na paranóia de diminuir o tempo. Depende do dia, do estado de espírito e do próprio objetivo.
Boa sorte nos treinos para os 80km.
Abraço,
Giovanna
Obirgado pelos comentários, meu povo.
ResponderExcluirO Xampa e a Ju estão ligados na minha maneira de encarar as coisas. O Bruno foi contaminadao e tivemos um papo muito massa no retorno (obrigado pela carona). E meu obrigado à Giovanna, que tá no meio do caminho, buscando esse equilíbrio, o qual encontrei, mas de modo diferente. Afinal, não abro mão de certas tecnologias, como a meia de compressão e o cronômetro.
To nessa do Scott Jurek também. O cara é mito, lenda, vencedor pra caramba e não rpecisa dos gadgets. Mas, como disse, no post, admiro muito quem tem prazer nisso de controlar ritmo. De verdade. Porque pra mim, se não tiver liberdade, não tem graça. Correr sem pressa e sem relógio nos meus 18 Km do domingo teve um gosto muito mais saboroso que qualquer pódio, medalha ou troféu que já ganhei. Enfim, são maneiras distintas de encarar um mesmo fim: a busca pelo prazer. E dá-lhe leituras budistas pra tentar entender isto =)
salve volpao,otima prova,as corridas do kleber sao sempre um desafio,nao ta fraco vc,treinando e competindo a semana toda,parabens e bons treinos!!!
ResponderExcluirbom dia, volpão.
ResponderExcluiré bom ler relatos de corredores de alma. parabéns !!!
penso parecido.
quero muito um dia correr uma montanha, mas aqui em Campo Grande - MS não tem.
quando vou ao RJ corro na serra do Mendanha. aprendi a ir lá em uma prova que acontece todo dia 31 de dezembro. é showww !!!
procuro correr próximo a natureza.
vamos em frente sem broxar por relógio.
boa semana e muita saúde
fim de semana bem legal, george!
ResponderExcluirtô precisando de uma aventura dessas... encarar umas trilhas... correr curtindo o momento, sentindo o prazer de sair por aí, sem amarras de tempo ou metas... apenas correr...
já me inscrevi para a 1ª etapa da copa paulista de corrida de montanha, no dia 26/3... também 12km... foi a maneira que encontrei de me manter motivada enquanto me recupero da lesão no calcanhar...
até lá, estou apenas curtindo as aventuras dos amigos blogueiros!
e sua aventura me fez sentir novamente o gostinho bom do desafio de encarar uma montanha! obrigada