Pular para o conteúdo principal

Por Quatro Barras e Região em 2014

Fim do mês chegou e tudo se acalmou. Os dias tem estado quentes ao extremo no extremo do primeiro planalto paranaense. Sim, porque em tempos fossem antigos, aqui onde moro era uma borda de campo. A pouco mais de três quilômetros está o distrito quatro barrense de Borda do Campo, ainda em alusão àqueles tempos que haviam descampados a perder de vista por aqui. Agora, além do ridículo progresso do qual hipocritamente faço parte, se vê também a profunda ignorância sobre onde se vive.

Não escolhi, junto com a Ana Barbara, Quatro Barras para viver ao acaso. Lugar que travei conhecimento pela primeira vez nos anos oitenta, de cara me chamou a atenção. Algo bom no coração, simplesmente. Ficou a ideia: um dia viver nesta terra. Pesquisei, me informei, conheci a história e algumas pessoas. Sei que hoje vivo na bacia hidrográfica do Capivari, que ouço a vizinhança acelerando em chevettes rebaixados e que a casa está situada a pouco mais de 920 metros de altitude.

Challenge accepted. E missão cumprida. Hoje, nesta belíssima terra, passo a maior parte da minha vida. Tenho os cumes por perto, tenho a cidade por perto. Ainda preciso dessa porra de cidade, não há termo melhor para utilizar, perdoem-me os chatos e antiquados. Preciso para pagar as contas, para comprar o pão nosso de cada dia entre otras cositas más. Preciso para ganhar o dinheiro também, quem não gosta?

Um dia, tudo vai mudar, e assim como me dei uma missão e a cumpri, outra se inicia.

É sabido que rompi o LCA (Ligamento Cruzado Anterior) no dia 29 de novembro e desde então não pude mais praticar o esporte que amo, a corrida de montanha, a corrida fora do asfalto. Passei a pedalar e até já subi o Morro do Anhangava, coisa que muito preguiçoso jamais terá iniciativa de fazer. São dois meses passados e dois meses onde as dúvidas se foram e as certezas tomaram conta.

É este o período antes do carnaval em que as fantasias deram lugar à fria realidade. Ótimas conversas, com ótimos amigos. Apoio de profissionais, cada um no seu ramo, da culinária à fisioterapia, passando por astrologia e vida financeira. Colhi as informações. Joguei no bolo fecal mental da minha cabeça e saiu uma pasta pronta para ir ao forno.

Mais pé no chão e mais cabeça nas nuvens. Mais bike na estrada, mais amor para dar, mais trabalho a fazer. É assim que gosto de viver. Tudo sintetizado em uma frase inspiradora surgida em um vídeo de treinamento empresarial: 

"Dar o melhor de si naquilo que faz de melhor para o benefício dos outros." - Charles Handy

Queria um lema para 2014? Pega esse. Para toda a vida.

Hora do confessionário:

- Em 2014 não levo o veganismo a ferro e fogo. Tenho a enorme vantagem de contar com ovos frescos e vindos de galinhas muito felizes aqui das chácaras da região. Não vejo mal comer os ovos produzidos desta forma, pelo rabo das galinhas felizes. Eventualmente, uma pizza eu também não tenho como dispensar. Eu gosto e pago o preço por "sofrer" na consciência por comer algo que causou dor e sofrimento a outro ser vivo. Reconheço a fraqueza do espírito aqui. A carne, esta sim abolida, para todo o sempre, principalmente depois das "escorregadelas" do final de 2013.

- Não tenho mais vínculo com empresas esportivas por opção própria. Recebi por um tempo apoio da Deuter com equipamentos e recomendo a todos, para sempre. Da mesma forma, até o final do ano, era atleta da Território Mountain Team, participando de corridas de montanha. Deixei o time por escolha própria, igualmente. Quero - e preciso de - liberdade. Obrigado por tudo, amigos Território. São como uma família para mim, mas, uma hora, o filho deve voar ;)

- As eventuais competições que eu vá participar, levarei o nome Força Vegana e Trail Running Club Brasil.

A propósito, sou contratado TRC Brasil, nada mais que isso, por favor não confundam. Ganho a vida prestando serviço de consultoria em marketing digital e comunicação social para a querida empresa dos queridos amigos Ricardo Beraldi e Raphael Bonatto. Mas faço também outros 'bicos".

Em breve vou colocar o portfólio profissional do Volpão à disposição.

Chega de papo. Era pra eu escrever uma coisa e saiu outra, que porra de falta de foco... 

Vem ni mim fevereiro, que outro ano se inicia para mim, com 37 anos completados no dia 05. Fotos do mês, abaixo.

Beijunda, seus bronhas ;)


Faxinando!

Lá vem o sol! Vista da casinha...

Ame como se não houvesse amanhã!

Riding!

Pico do monte do cume do Morro do Anhangava. Estou de volta!

Perfeita simetria, duas metades iguais.

Os primeiros amigos com quem passamos vergonha pela zona na casa nova!

Bate-papo com o maior dos maiores: Vitamina!

Trabalhamos pra caralho pra deixar essa porra apresentável. Favor apreciar, hehe.






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Specialized Hardrock Sport Anos 90

Oi! Com esta bike consegui, de certa forma, realizar um sonho de adolescência: pedalar uma mountain bike com quadro de cromo-molibdênio e geometria clássica dos anos 90. A bem da verdade, lá por 1996 eu pedalei por alguns meses com uma Scott Yecora e mais recentemente, em 2014 uma Trek Antelope 800. Mas ambas tinham apenas os três tubos principais em cromoly. Esta Specialized Hardrock Sport eu consegui na Jamur Bikes, sendo trazida recentemente dos Estados Unidos pelo próprio Paulo Jamur (proprietário da loja e meu boss), que se encantou pela bike e seu estado de conservação. Quando ele colocou a bike à venda na loja, não me fiz de rogado. Era a chance de ter uma bike em cromoly e praticamente original dos anos 90. Na verdade comprei esta bike como alternativa para transporte urbano, uma vez que a Format 5222 (da qual pretendo fazer uma apresentação em post futuro) que "gravelizei" eu pretendia deixar somente para atividades esportivas. Mas gostei

Nova Bike Kode Straat - Uma boa opção para montar uma Gravel Bike

Senhoras e senhores, tudo bem com vocês? Poxa, que bike da hora! Recebemos aqui na Jamur Bikes e já fiquei de olho grande. E adianto, já garanti a minha! Sim, a Kode Riff 70 vai retornar à proposta para a qual foi concebida (MTB 27.5 polegadas) no futuro (poca plata por ora) e vou apenas colocar o guidão drop e trocadores STI na nova Kode Straat. Vejam a imagem abaixo, retirada do site do fabricante, bem como sua geometria: Não parece ser muito apropriada para montar uma Gravel que é quase Gravel? Um top tube mais parecido com as speeds do que com as MTBs, um clearance menor na passagem das rodas, passagem dos cabos interna e outras características me levam a crer que esta bike pode andar muito confortavelmente entre estradões de cascalho (gravel roads) e asfalto, ou mesmo trilhas leves. Bora fazer essa alteração. Abaixo um vídeo mostrando a bike como ela vem de fábrica, original. E aqui a ficha técnica: - Quadro em alumínio 6061. - Garfo: Alumínio.

Só o CUme Interessa - Piada Escrota

Bah, nem é piada. Acho que isso se chama cacofonia, que é quando alguma coisa dita de um jeito dá a entender que é outra coisa. Entendeu? Ah, eu também não, hehe. Enfim, não é o que importa. To escrevendo essa parada, porque li um post no blog que os colegas Bonga e Tonto montaram para divulgar sua expedição no Ama Dablam, uma das mais belas e cobiçadas montanhas do Himalaia. Este cume não é dos mais elevados nem dos mais tecnicamente exigente. Mas o Ama Dablam é lindo! Quem não gostaria de pisar em um cume assim? Lindo, majestoso, imenso... Confira abaixo: Pois é... com seus quase sete mil metros trata-se de uma cobiçada montanha, objeto de desejo de muitos. Porém, o que rola desde princípio dos anos noventa são os turistas de montanha. Nada contra eles, pelo contrário. Servem para impulsionar uma atividade ecologicamente correta, movimentar economia, transferir renda e trazer qualidade de vida para quem pratica e/ou depende dela. Porém, tudo em exagero tem um porém - to meio engraç