Sim, este blog já foi melhor, se eu levar em consideração o número de visitas, de page views.
Fica a pergunta: seria o reflexo de meu abandono dos escritos no último semestre de 2015, da mudança de temática corrida para música ou os tempos facebookianos?
Minha resposta é: um pouco dos três.
Vários amigos blogueiros pararam de escrever também, cada um com seu motivo. A atuação mais presente em redes sociais como facebook e instagram também tem grande parcela de "culpa". Lamento bastante, pois tenho a mais absoluta certeza que o uso intenso de redes sociais visando gerar conteúdo é absolutamente inócuo e descabido. Uma timeline infinita, onde você roda o botão do mouse morro abaixo e jamais tem fim é totalmente emburrecedor. Se eu postei algo relevante meses ou anos atrás como faço para encontrar? Nos blogs é fácil: digita no google e vai ter um resultado em frações de segundos. E no facebook? Como achar algo importante? Impossível. Ficou lá perdido para todo o sempre, sem ter como encontrar, já que não há como pesquisar por palavras.
No final de 2015 eu andava bem desanimado para compartilhar o que acontecia comigo. E continuo com o mesmo questionamento. Vale a pena escrever aqui? A internet tem mudado bastante nestes últimos dois anos, com a proliferação dos haters profissionais, youtubers nervosinhos e/ou engraçadinhos e tudo o mais.
Continuo levando minha vida nas montanhas quando possível, dividindo espaço agora com o quase homestudio que montei em casa para as músicas que ninguém quer perder tempo em ouvir, afinal a vida é muito curta para se parar por 5 minutos e apreciar o fruto da expressão artística de alguém, por pior que ela seja.
Na música é assim também. Gosto dos álbuns completos: de 40 a 70 minutos de uma obra com começo, meio e fim. Não me atraem nem os singles (uma música é muito pouco pra um contexto) e muito menos os vídeos de 15 segundos do instagram.
E, dizia Raul, se faltava cultura pra cuspir nesta estrutura, digo que hoje falta mesmo é vontade de se interessar, de buscar informação verdadeira e correta. Ou de, simplesmente, se deixar ir.
Um abraço a todos e uma semana menos ranzinza que a minha :)
Isso, é ali na civilização ocidental que está a merda toda. |
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