outubro 29, 2011

Casa do Ipiranga Express

Gosto de correr na Trilha do Itupava. Lá é tudo muito, muito, muito liso. Pedras centenárias pavimentam o caminho que já foi por séculos uma das únicas ligações entre o primeiro planalto paranaense e o resto do mundo. Estar lá me faz bem e no sábado 29 de outubro resolvi encarar parte de seu trecho de forma rápida, leve e solitária.

Pack do dia: Mochila Deuter Hydro Lite 3.0, um litro e meio de isotônico preparado em casa, nove bisnaguinhas com nutella e queijo, lanterna para emergência (vai que me perco e tenho que passar a noite por lá né?), corta-vento minúsculo (nunca vou pra serra sem ele, não importa o tamanho do sol), celular, algum dinheiro, shortinho, camiseta, viseira e o super Salomon XT Wings S-Lab 3 (eita tênis porreta).

Parti do Trailer do IAP, na entrada do Parque Estadual da Serra da Baitaca às oito e meia. Pouco menos de meia hora passei pelo Boa Vista, local onde fica a bifurcação por onde se vai ao cume do Pão-de-Loth, onde estive semana passada. Até aqui as subidas predominavam, tudo por terra mesmo. Logo se começa a descer, em alguns pontos de maneira bem forte e o calçamento aparece. Pedras mais lisas que sabão e passinhos de bebê, impossível correr. Quando a piramba amenizava eu arrisquei uns passos mais largos, porém ainda vacilantes. Consegui me sair melhor do que esperava neste trecho, não escorreguei em momento algum, tampouco fui ao solo. Bebi água em alguns riachos, e em 53 minutos eu chegava na Casa do Ipiranga, tendo partido dos 1.000 metros de altitude, atingido os 1.100 e estando finalmente nos 800 da triste ruína. No time for lipstick, toca pra cima de volta. Cruzei todo um pessoal que fazia trekking na região, recebendo inclusive muito incentivo de uma galera bem simpática que descia escorregando muito. Muita gente fazendo a trilha no sábado, fiquei contente com isso. O que levei 53 minutos para descer, me consumiu 57 para subir de volta o trailer do IAP, até então com quase 15 quilômetros de corrida. 

Era pouco. O cansaço aparecia, mas sabia que era frescurinha. Toquei de volta na mesma trilha, para ir até o Boa Vista apenas: meia hora para lá, meia para cá. Desta vez não cruzei ninguém e em 25 minutos cheguei no ponto de retorno, um micro-riacho de água bem saborosa e gelada, no alto do Boa Vista. Back again, hora de voltar pelo mesmo caminho, com passadas firmes inclusive nas subidas, o que me surpreendeu para finalizar o treino de pouco mais de 22 quilômetros, 867 metros de subidas acumuladas (e descidas, consequentemente) em 2h45 min.

E semana que vem tem mais e mais longe!

Abraços e bons treinos!

 Os primeiros 20 minutos são light.


Corre, piá!


 Começa o calçamento morro abaixo, começa o inferno dos incautos.


 Pouco antes da Casa do Ipiranga, em uma ponte construída na última restauração do caminho.


 Mais uma propriedade da união arregaçada. Casa do Ipiranga. Agora... para que a placa nova e a casa fodida?


A vida é muito melhor quando apreciamos os pequenos prazeres. Uma só já está bom!

4 comentários:

  1. Tesão.
    Hj, voltei a um lugar que não ia há uns 20 anos. A Floresta da Tijuca.
    Altas trilhas para correr.
    Fiquei na fissura da porra. PQP!

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  2. que lugar bacana, George!!!
    esses lugares onde você corre são lindos!

    realmente, pra que a placa nova? deveriam gastar dinheiro com a restauração...

    parabéns pelo super treino!

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  3. Lindo lugar...vc e seus treinos e
    Sao um encentivo pra mim...
    raissa bh

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  4. Brigado meninas!

    No sábado vai ter um mais hardcore, aguardem, hehe.

    Bjos e abraços

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