Pular para o conteúdo principal

Duas horas no Morro do Anhangava

Belo dia para meter o pé na trilha! Parti no sábado cedo para o Morro do Anhangava. Desta vez, escolhi ir até o ponto final da linha Borda do Campo e pegar um trecho mais extenso de trilha, diferentemente do que fazia antes, quando entrava na montanha por uma trilha alternativa e mais curta. 

Com mais tempo correndo no mato, a diversão também é maior. Registrei minha passagem no Posto do I.A.P (Instituto Ambiental do Paraná), toquei pra cima rumo ao cume. Pouco mais de 35 minutos até lá em cima, tempo que não conseguia fazer havia muitos anos. Lá encontrei o camarada de montanha Helder e despenquei de volta.

A idéia do dia era correr pelo menos uma hora e meia e ganhar pelo menos uns 700 metros de elevação. Com esta subida ao cume, já tinha mandado bem na primeira parte. Durante a descida resolvi por ir me abastecer na cachoeira que tem na base do Morro. Que acerto! Tudo perfeito na trilha, de uma paz absoluta. Lá encontrei um casal que, gentilmente, fez as fotos abaixo. Abasteci de água e energia vital e toquei pra cima de novo, mesma rota. A trilha já estava movimentada, com muita gente aproveitando o sábado agradável -não havia sol mas não estava frio como de costume. Nesta segunda volta subi apenas até os 1250 metros (dos 1430 que possui a montanha) e despenquei novamente, preocupado em não perder o horário do bus. 


Concentração máxima e foco total. Qualquer vacilo haveria uns dentes quebrados, pois alguns trechos são bem técnicos e pedregosos.

Hoje foi tudo muito diferente. Senti uma conexão com a montanha, com o ambiente, que havia anos não rolava. A impressão era que eu flutuava, tanto subindo como descendo. Senti-me forte, correndo inclusive em algumas subidas onde normalmente eu iria pipocar. As decidas técnicas se pareciam com uma dança: pezinho para cá, pezinho para lá. No lugar certo e no momento certo. Rolou, como nunca antes, uma conexão incrível. 

Eu respeito muito as montanhas e seus guardiães. E admiro cada vez mais aqueles que se dispõe a sair do conforto de suas vidas urbanas e se animam a encarar 10 minutos, que seja,  de trilha na mata.


 
Hoje pude realmente sentir que correr é simples demais. Pude realmente viver na prática que não precisamos de marcações a cada 100 metros para ser feliz na corrida. Que não precisamos também de tecidos tecnológicos ou mochilas de hidratação top de linha os quais tanto usei e ainda uso. Hoje, vesti meu calção de 30 pila, um boné, arranquei a camiseta, me equipei apenas com dois pequenos doces de goiaba, uma pochete com garrafa d'água, câmera fotográfica e algum dinheiro para o bus, além do celular para alguma emergência. Para finalizar um corta-vento super leve no bolso e o relógio com altímetro, meu gadget favorito e indispensável para me orientar.

Fechei o lance todo com 1h50 minutos e 852 metros de desnível positivo acumulado. Em quilômetros deve ter dado uns 10, no máximo. Perfeito.
Estou pronto!

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Specialized Hardrock Sport Anos 90

Oi! Com esta bike consegui, de certa forma, realizar um sonho de adolescência: pedalar uma mountain bike com quadro de cromo-molibdênio e geometria clássica dos anos 90. A bem da verdade, lá por 1996 eu pedalei por alguns meses com uma Scott Yecora e mais recentemente, em 2014 uma Trek Antelope 800. Mas ambas tinham apenas os três tubos principais em cromoly. Esta Specialized Hardrock Sport eu consegui na Jamur Bikes, sendo trazida recentemente dos Estados Unidos pelo próprio Paulo Jamur (proprietário da loja e meu boss), que se encantou pela bike e seu estado de conservação. Quando ele colocou a bike à venda na loja, não me fiz de rogado. Era a chance de ter uma bike em cromoly e praticamente original dos anos 90. Na verdade comprei esta bike como alternativa para transporte urbano, uma vez que a Format 5222 (da qual pretendo fazer uma apresentação em post futuro) que "gravelizei" eu pretendia deixar somente para atividades esportivas. Mas gostei ...

Só o CUme Interessa - Piada Escrota

Bah, nem é piada. Acho que isso se chama cacofonia, que é quando alguma coisa dita de um jeito dá a entender que é outra coisa. Entendeu? Ah, eu também não, hehe. Enfim, não é o que importa. To escrevendo essa parada, porque li um post no blog que os colegas Bonga e Tonto montaram para divulgar sua expedição no Ama Dablam, uma das mais belas e cobiçadas montanhas do Himalaia. Este cume não é dos mais elevados nem dos mais tecnicamente exigente. Mas o Ama Dablam é lindo! Quem não gostaria de pisar em um cume assim? Lindo, majestoso, imenso... Confira abaixo: Pois é... com seus quase sete mil metros trata-se de uma cobiçada montanha, objeto de desejo de muitos. Porém, o que rola desde princípio dos anos noventa são os turistas de montanha. Nada contra eles, pelo contrário. Servem para impulsionar uma atividade ecologicamente correta, movimentar economia, transferir renda e trazer qualidade de vida para quem pratica e/ou depende dela. Porém, tudo em exagero tem um porém - to meio engraç...

Nova Bike Kode Straat - Uma boa opção para montar uma Gravel Bike

Senhoras e senhores, tudo bem com vocês? Poxa, que bike da hora! Recebemos aqui na Jamur Bikes e já fiquei de olho grande. E adianto, já garanti a minha! Sim, a Kode Riff 70 vai retornar à proposta para a qual foi concebida (MTB 27.5 polegadas) no futuro (poca plata por ora) e vou apenas colocar o guidão drop e trocadores STI na nova Kode Straat. Vejam a imagem abaixo, retirada do site do fabricante, bem como sua geometria: Não parece ser muito apropriada para montar uma Gravel que é quase Gravel? Um top tube mais parecido com as speeds do que com as MTBs, um clearance menor na passagem das rodas, passagem dos cabos interna e outras características me levam a crer que esta bike pode andar muito confortavelmente entre estradões de cascalho (gravel roads) e asfalto, ou mesmo trilhas leves. Bora fazer essa alteração. Abaixo um vídeo mostrando a bike como ela vem de fábrica, original. E aqui a ficha técnica: - Quadro em alumínio 6061. - Garfo: Alumínio....