(publicado originalmente em setembro de 2006)
Acho que todo montanhista adora quando lhe fazem perguntas sobre suas vidas nas montanhas. E é sobre isso que eu gostaria de falar agora.
O que significa “ser montanhista”? Isso depende do ponto de vista de cada um, de onde vêm essa impressão. Alguns amigos meus que não freqüentam montanha acham que é coisa para loucos. Onde já se viu sair do conforto do lar para passar frio e dormir mal em uma barraca com um marmanjo, que assim como você, ficará alguns dias sem tomar banho? Outros acham que é preciso ser corajoso e valente para enfrentar as “feras” da mata… Na verdade o “ser montanhista” é muito mais do que eu poderia explicar em poucas linhas. É algo que somente nós que estamos na montanha com qualquer tempo, em qualquer época, sabemos como é. É um tanto difícil para alguém que não esteja ambientado com as particularidades da vida ao ar livre compreender o que acontece com essa gente que ama as montanhas.
Fazemos delas nossa vida! Corremos atrás de informações, gastamos nossas economias comprando equipamentos, pensamos nelas a semana toda, consultamos diariamente os sites de previsão do tempo para saber se rolará montanha no fim de semana seguinte, buscamos informações junto a clubes e associações, enfim uma série de atitudes que tornam a nossa vida aqui na cidade mesmo, diferente da média da população. E quando na montanha, “ser montanhista” é esperar o menos preparado, é dividir a última garrafa de água, é imediatamente tornar-se amigo de quem você nunca tinha visto antes na vida. É reconhecer que somos uma mínima parte diante daquela imensidão de matas, campos e rochas
Costumo colocar os montanhistas como integrantes de uma “tribo” diferenciada. Existem as mais diversas por aí. Existem os skatistas e suas calças larguíssimas. Existem os surfistas e seus inconfundíveis cabelos parafinados e óculos HB… Nós montanhistas formamos também uma espécie de tribo, porém com menos ostentação. É verdade, não somos tão vistosos assim e por favor não nos confundam com aqueles mochileiros com panelas penduradas e garrafões de vinho na mão. O “ser montanhista” não é apenas jogar uma mochilas às costas e sair sem destino rumo a algum lugar que permita montar uma barraca, fazer uma fogueira (montanhistas JAMAIS acendem fogueira) beber até cair.
Agora se você estiver andando nas ruas em uma sexta-feira e encontrar um cara introspectivo olhando para o céu em busca de nuvens ou algo mais que lhe faça prever o tempo para o fim-de-semana, tenha certeza que estará diante de um amante das montanhas. Um forte abraço.
Acho que todo montanhista adora quando lhe fazem perguntas sobre suas vidas nas montanhas. E é sobre isso que eu gostaria de falar agora.
O que significa “ser montanhista”? Isso depende do ponto de vista de cada um, de onde vêm essa impressão. Alguns amigos meus que não freqüentam montanha acham que é coisa para loucos. Onde já se viu sair do conforto do lar para passar frio e dormir mal em uma barraca com um marmanjo, que assim como você, ficará alguns dias sem tomar banho? Outros acham que é preciso ser corajoso e valente para enfrentar as “feras” da mata… Na verdade o “ser montanhista” é muito mais do que eu poderia explicar em poucas linhas. É algo que somente nós que estamos na montanha com qualquer tempo, em qualquer época, sabemos como é. É um tanto difícil para alguém que não esteja ambientado com as particularidades da vida ao ar livre compreender o que acontece com essa gente que ama as montanhas.
Fazemos delas nossa vida! Corremos atrás de informações, gastamos nossas economias comprando equipamentos, pensamos nelas a semana toda, consultamos diariamente os sites de previsão do tempo para saber se rolará montanha no fim de semana seguinte, buscamos informações junto a clubes e associações, enfim uma série de atitudes que tornam a nossa vida aqui na cidade mesmo, diferente da média da população. E quando na montanha, “ser montanhista” é esperar o menos preparado, é dividir a última garrafa de água, é imediatamente tornar-se amigo de quem você nunca tinha visto antes na vida. É reconhecer que somos uma mínima parte diante daquela imensidão de matas, campos e rochas
Costumo colocar os montanhistas como integrantes de uma “tribo” diferenciada. Existem as mais diversas por aí. Existem os skatistas e suas calças larguíssimas. Existem os surfistas e seus inconfundíveis cabelos parafinados e óculos HB… Nós montanhistas formamos também uma espécie de tribo, porém com menos ostentação. É verdade, não somos tão vistosos assim e por favor não nos confundam com aqueles mochileiros com panelas penduradas e garrafões de vinho na mão. O “ser montanhista” não é apenas jogar uma mochilas às costas e sair sem destino rumo a algum lugar que permita montar uma barraca, fazer uma fogueira (montanhistas JAMAIS acendem fogueira) beber até cair.
Agora se você estiver andando nas ruas em uma sexta-feira e encontrar um cara introspectivo olhando para o céu em busca de nuvens ou algo mais que lhe faça prever o tempo para o fim-de-semana, tenha certeza que estará diante de um amante das montanhas. Um forte abraço.
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