Pular para o conteúdo principal

Mais Além

Correr sob baixas temperaturas não se trata de uma "novidade" para mim. Apesar de ter nascido na congelante capital paranaense e correr há mais de 16 anos, estar treinando com afinco com temperaturas próximas do zero é algo até certo ponto novo para mim. Afinal sempre fui um corredor medíocre, nunca ultrapassando a marca da meia maratona até o ano de 2009, quando vivia em Belo Horizonte e, lá sim, dediquei-me aos treinos para maratona. Até então treinava sem compromisso, sem essa de sair em alta madrugada para treinos gelados.

Provas longas exigem maior dedicação. Na terra do pão de queijo eu treinava pela manhã, mas com agradáveis 12 graus de mínima, no auge do inverno. Aqui o inverno sequer começou e encarei nesta terça-feira, 08 de junho, uma temperatura de 2 graus e um pouco de gelo nas partes mais baixas do relevo.

Treino leve, de apenas sete quilômetros. Mas é preciso encarar, deixar as cobertas e meter a cara. Nesta fase "Starting Over", estou reduzindo drasticamente meus volumes de treino. Busco assim um novo rumo na vida esportiva (correndo, subindo montanhas e participando de eventos multi-esporte), com novos objetivos. Após ter completado seis maratonas -apenas duas em asfalto- em menos de 11 meses, é natural que se busque algo maior ou, pelo menos, diferente.

Tinha planos de correr uma ultramaratona com 80 quilômetros ainda este ano. Refletindo e analisando meus tempos medíocres em maratonas, decidi, humildemente, que ainda não chegou a hora. Preciso de um pouco mais de bagagem e comprometimento com os treinos para correr mais rápido e sem tanto sofrimento. A K42 Bombinhas 2010 foi marcada por dores que ainda não havia experimentado e penso não serem compatíveis com uma prova de "apenas" 42 quilômetros.

Hora de baixar a bola e seguir meu rumo, seja ele correndo na praia, no mato ou no asfalto. E, porque não, voltando a subir uma montanha com mais de 6.000 metros de altitude, como fiz em 2009.

Já que não posso ir tão longe por que não ir mais além, para o alto?


George, logo abaixo do cume do Cerro Franke (5.100m) - janeiro 2009.

Comentários

  1. Tamu junto !!!
    Acho que as coisas acontecem por consequencia e na vibe que vc gosta.
    O negócio é curtir.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Specialized Hardrock Sport Anos 90

Oi! Com esta bike consegui, de certa forma, realizar um sonho de adolescência: pedalar uma mountain bike com quadro de cromo-molibdênio e geometria clássica dos anos 90. A bem da verdade, lá por 1996 eu pedalei por alguns meses com uma Scott Yecora e mais recentemente, em 2014 uma Trek Antelope 800. Mas ambas tinham apenas os três tubos principais em cromoly. Esta Specialized Hardrock Sport eu consegui na Jamur Bikes, sendo trazida recentemente dos Estados Unidos pelo próprio Paulo Jamur (proprietário da loja e meu boss), que se encantou pela bike e seu estado de conservação. Quando ele colocou a bike à venda na loja, não me fiz de rogado. Era a chance de ter uma bike em cromoly e praticamente original dos anos 90. Na verdade comprei esta bike como alternativa para transporte urbano, uma vez que a Format 5222 (da qual pretendo fazer uma apresentação em post futuro) que "gravelizei" eu pretendia deixar somente para atividades esportivas. Mas gostei

Nova Bike Kode Straat - Uma boa opção para montar uma Gravel Bike

Senhoras e senhores, tudo bem com vocês? Poxa, que bike da hora! Recebemos aqui na Jamur Bikes e já fiquei de olho grande. E adianto, já garanti a minha! Sim, a Kode Riff 70 vai retornar à proposta para a qual foi concebida (MTB 27.5 polegadas) no futuro (poca plata por ora) e vou apenas colocar o guidão drop e trocadores STI na nova Kode Straat. Vejam a imagem abaixo, retirada do site do fabricante, bem como sua geometria: Não parece ser muito apropriada para montar uma Gravel que é quase Gravel? Um top tube mais parecido com as speeds do que com as MTBs, um clearance menor na passagem das rodas, passagem dos cabos interna e outras características me levam a crer que esta bike pode andar muito confortavelmente entre estradões de cascalho (gravel roads) e asfalto, ou mesmo trilhas leves. Bora fazer essa alteração. Abaixo um vídeo mostrando a bike como ela vem de fábrica, original. E aqui a ficha técnica: - Quadro em alumínio 6061. - Garfo: Alumínio.

Só o CUme Interessa - Piada Escrota

Bah, nem é piada. Acho que isso se chama cacofonia, que é quando alguma coisa dita de um jeito dá a entender que é outra coisa. Entendeu? Ah, eu também não, hehe. Enfim, não é o que importa. To escrevendo essa parada, porque li um post no blog que os colegas Bonga e Tonto montaram para divulgar sua expedição no Ama Dablam, uma das mais belas e cobiçadas montanhas do Himalaia. Este cume não é dos mais elevados nem dos mais tecnicamente exigente. Mas o Ama Dablam é lindo! Quem não gostaria de pisar em um cume assim? Lindo, majestoso, imenso... Confira abaixo: Pois é... com seus quase sete mil metros trata-se de uma cobiçada montanha, objeto de desejo de muitos. Porém, o que rola desde princípio dos anos noventa são os turistas de montanha. Nada contra eles, pelo contrário. Servem para impulsionar uma atividade ecologicamente correta, movimentar economia, transferir renda e trazer qualidade de vida para quem pratica e/ou depende dela. Porém, tudo em exagero tem um porém - to meio engraç