Pular para o conteúdo principal

Mudanças (De verdade)

Talvez seja a maior de todas as mudanças. Eu, George Volpão, amante da vida ao ar livre, vivendo agora em uma metrópole com mais de dois milhões de habitantes.

Não durei mais que dois meses na roça de Colombo, a tal Granja. A cidade revelou ser local de gente encantadora e após conhecer a Ana Barbara, decidimos juntar as escovas de dentes e compartilhar as nossas vidas.

Hoje estamos vivendo em um bairro muito interessante da capital curitibana, de nome bem sugestivo: Bom Retiro. Está localizado a apenas 3 km do centro da cidade e menos de 5 km da Jamur Bikes, onde trabalho como gestor de e-commerce. Tenho me utilizado da bicicleta para praticamente todos os deslocamentos possíveis e isso tem sido sensacional! Em quinze minutos estou no trabalho. Vivendo na prática a utopia de morar e trabalhar em locais próximos, com qualidade de vida. Curitiba ainda oferece isso a seus habitantes, desde que se esteja disposto a pagar por isso.

O casal sabe que não estará vivendo na cidade para sempre. Nossos planos são outros e bem ousados. Com o gosto dos dois pelo selvagem, pela paz do campo, está obviamente no ideal comum uma retirada para a zona rural. algo a ser feito com calma e planejadamente.

Assim sendo, mudanças reais: meio de transporte, estado civil (casamento oficial sairá em breve), horários, expectativas, cidade, locais de treino de corrida, enfim, virou tudo em dois meses!

Não poderia estar melhor, é o que tenho a dizer. Minhas corridas pela região tem sido fantásticas, extremamente prazerosas. Até agora, em nenhuma sessão de treino eu repeti percurso e quase todos eles são repletos de duríssimas pirambeiras. Quem conhece o bairro do Pilarzinho sabe do que falo. É o ponto mais alto da capital paranaense e é bairro vizinho ao nosso. Ruas tranquilas, com calçadas gramadas e muito sobe-e-desce. Se quiser trechinho plano, tem a ciclovia que leva ao Parque São Lourenço, que é logo ali. Tem escadarias do Centro Cívico para um treino mais técnico, tem o Bosque do Papa pra respirar ar puro. Tudo muito perto e incrivelmente encantador.

Estou, com isso, redescobrindo a terra do leite quente, onde nasci há 35 anos. Visito ruas onde jamais estive, observo situações do cotidiano que ainda me fazem acreditar que mesmo com tanta gente numa cidade só, ainda há espaço para tranquilidade e a paz de um bom retiro.

Não sei quanto tempo irá durar esse nosso bom retiro aqui na capital. Não planejar tanto é o segredo. E assim a gente vai longe.

Abaixo algumas imagens dos locais onde tenho passado em minhas corridinhas.

Beijos, abraços e até a próxima montanha!








Comentários

  1. que coisa boa, George!
    primeiro, quero parabenizar aos dois, você e Ana, por estarem juntos nessa caminhada!
    a felicidade a gente leva com a gente, bem dentro da gente, assim, qualquer que seja o lugar, estaremos felizes:)

    desejo a vocês uma vida plena, intensa, com muito amor e companheirismo!
    que a paixão, esse ingrediente mágico da vida a dois, esteja sempre com vocês:)

    esses lugares por onde você tem corrido são lindos!
    deve ser simplesmente delicioso deixar pegadas por aí:)
    acho que isso que você conseguiu, morar bem e pertinho do trabalho, sem depender de carro, é meio caminho andado pra paz e tranquilidade:)

    ResponderExcluir
  2. legal !!!
    o meu cunhado mora por essas bandas de ctba.
    lugar muuuuuuiiito legal.
    parabens pela escolha.

    ResponderExcluir
  3. blz hein!! A última foto parece o bosque do joão e maria (alemão??).

    Conheço suas quebradas.
    Sucesso ai.

    ResponderExcluir
  4. Ana Barbara Vicentin20 de abril de 2012 às 14:54

    Você conseguiu descrever bem a sua nova felicidade ( junto com a minha ) :D
    Só uma coisinha que para mim não melhorou como para você.. A questão de trabalhar perto rsrs. Adorei o texto amore mio!! <3

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Specialized Hardrock Sport Anos 90

Oi! Com esta bike consegui, de certa forma, realizar um sonho de adolescência: pedalar uma mountain bike com quadro de cromo-molibdênio e geometria clássica dos anos 90. A bem da verdade, lá por 1996 eu pedalei por alguns meses com uma Scott Yecora e mais recentemente, em 2014 uma Trek Antelope 800. Mas ambas tinham apenas os três tubos principais em cromoly. Esta Specialized Hardrock Sport eu consegui na Jamur Bikes, sendo trazida recentemente dos Estados Unidos pelo próprio Paulo Jamur (proprietário da loja e meu boss), que se encantou pela bike e seu estado de conservação. Quando ele colocou a bike à venda na loja, não me fiz de rogado. Era a chance de ter uma bike em cromoly e praticamente original dos anos 90. Na verdade comprei esta bike como alternativa para transporte urbano, uma vez que a Format 5222 (da qual pretendo fazer uma apresentação em post futuro) que "gravelizei" eu pretendia deixar somente para atividades esportivas. Mas gostei

Só o CUme Interessa - Piada Escrota

Bah, nem é piada. Acho que isso se chama cacofonia, que é quando alguma coisa dita de um jeito dá a entender que é outra coisa. Entendeu? Ah, eu também não, hehe. Enfim, não é o que importa. To escrevendo essa parada, porque li um post no blog que os colegas Bonga e Tonto montaram para divulgar sua expedição no Ama Dablam, uma das mais belas e cobiçadas montanhas do Himalaia. Este cume não é dos mais elevados nem dos mais tecnicamente exigente. Mas o Ama Dablam é lindo! Quem não gostaria de pisar em um cume assim? Lindo, majestoso, imenso... Confira abaixo: Pois é... com seus quase sete mil metros trata-se de uma cobiçada montanha, objeto de desejo de muitos. Porém, o que rola desde princípio dos anos noventa são os turistas de montanha. Nada contra eles, pelo contrário. Servem para impulsionar uma atividade ecologicamente correta, movimentar economia, transferir renda e trazer qualidade de vida para quem pratica e/ou depende dela. Porém, tudo em exagero tem um porém - to meio engraç

Nova Bike Kode Straat - Uma boa opção para montar uma Gravel Bike

Senhoras e senhores, tudo bem com vocês? Poxa, que bike da hora! Recebemos aqui na Jamur Bikes e já fiquei de olho grande. E adianto, já garanti a minha! Sim, a Kode Riff 70 vai retornar à proposta para a qual foi concebida (MTB 27.5 polegadas) no futuro (poca plata por ora) e vou apenas colocar o guidão drop e trocadores STI na nova Kode Straat. Vejam a imagem abaixo, retirada do site do fabricante, bem como sua geometria: Não parece ser muito apropriada para montar uma Gravel que é quase Gravel? Um top tube mais parecido com as speeds do que com as MTBs, um clearance menor na passagem das rodas, passagem dos cabos interna e outras características me levam a crer que esta bike pode andar muito confortavelmente entre estradões de cascalho (gravel roads) e asfalto, ou mesmo trilhas leves. Bora fazer essa alteração. Abaixo um vídeo mostrando a bike como ela vem de fábrica, original. E aqui a ficha técnica: - Quadro em alumínio 6061. - Garfo: Alumínio.