junho 04, 2018

Reencontros

Mas quem nunca gostou de encontrar alguém quem não vê há tempos?

Tenho essa exata sensação. Mas com um grande diferencial: esse alguém sou eu mesmo.

Seria a crise dos quarenta - atrasada em um ano - que está me deixando assim com essa sensibilidade aflorada?

Seria um embrutecimento ou seria um amolecimento?

Vejo que é bastante comum, por exemplo, bandas de rock fazerem discos e turnês comemorativas de 10, 20, 25 ou 30 anos de um álbum.

Eu acho que absorvi um pouco disso e sinto-me disposto a iniciar uma fase não exatamente comemorativa dos meus 10 anos de corridas de longa distância em trilhas, ou dos meus dez anos de ida à Cordilheira dos Andes (leia aqui). Mas algo mais profundo, de reencontro dos motivos que me levaram a querer correr longas distâncias em trilhas e que também me levaram aos quase seis mil metros de altitude na Argentina em 2009.

Eu acredito que estou trilhando agora este caminho. De reencontro comigo mesmo. Com um George Volpão mais inocente da década passada, com mais energia. Mas também com aquela impetuosidade da virada dos trinta anos.

Dez anos depois penso que conquistei um equilíbrio mais saudável. E apesar de tantos percalços neste período que nos separa de 2008, vejo um saldo positivo.

E espero que eu possa viver ainda mais intensamente neste próximo ciclo de dez anos que vejo se iniciar.

Obrigado, namastê!


Puente del Inca - Argentina / fevereiro 2009.

2 comentários:

  1. Isso aí meu caro Volpão. Acredite realmente que mais um ciclo se fecha e outro se abre. O tempo se encarrega de amadurecer o espírito. Comecemos a enchergar o mundo na sua essência. A vida se torna muito mais bonita quando fechamos os olhos para o meteria e abrimos para o espiritual. Namaste ��

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  2. Estamos no caminho, meu amigo. E ele tem sido muito interessante. Vamos em frente. Um abraço!

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