Pular para o conteúdo principal

Fechando Ciclo

Hola, que tal?

Olha só...não sou de reclamar da vida não. E também acho  que esse post não é bem uma reclamação, mesmo sabendo que se fazer de coitadinho dá Ibope.


Mas, carai, véio. Os últimos 12 meses foram uma sucessão inédita de lesões, doenças e imprevistos.


Começou no 01 de março de 2020, com uma torção do joelho direito, que já não tem o Ligamento Cruzado Anterior desde 2013. Foi no Morro Araçatuba e tive que vir praticamente a reboque por quase 2 km de trilhas. O que faria em 20 minutos de corrida levou 120 de caminhada arrastada e ainda cheio de dores.


Ok, consultas, exames, liberado pra correr em uns poucos dias e aí entra a pandemia de Covid-19. Mesmo sujeito aos julgamentos e dedos apontados, permaneci treinando corrida e ciclismo, ouvindo asneiras de todos os lados. Muitos achando que era puro egoísmo sair para pedalar, correr o risco de sofrer um acidente e ocupar o leito de alguém que estivesse precisando por causa do Covid-19. Estávamos ainda em março e abril, e ninguém poderia imaginar que quase um ano depois a situação dos hospitais é muito mais grave que naquela época e estes mesmos que criticavam na época, hoje vivem como se não houvesse amanhã em suas viagens, festas e "aglomerações do bem". 


Enfim, escapei ileso (até esta data) do vírus. Tendo o cuidado de não exagerar nas aglomerações, tentando manter alimentação natural (é bem difícil, confesso), com o máximo de atenção nas medidas preventivas.


E esse foi só o começo. Em maio veio infecção dentária (me afastou dos treinos por 3 semanas), em agosto uma lombalgia (mais duas semanas), em setembro uma queda de bike num treino (duas semanas sem correr e quatro sem pedalar devido às dores nas mãos), em dezembro um estiramento muscular e agora em janeiro e fevereiro de 2021 umas dormências estranhas na perna esquerda quando faço corridas mais rápidas.


Junta isso tudo a uma completa falta de vergonha na cara da minha parte em não fazer nem fortalecimento, nem alongamento e nem exercícios de mobilidade.


Chegou a hora de pagar o preço.


Mas quem me conhece, sabe. Não sou de reclamar. Tiro muito aprendizado disso tudo e parece que uma ficha caiu aqui nessa cabeça quase oca.


Crises geram oportunidades, dizem. E teve também muitos momentos bons, como as férias em Santa Catarina, os treinos de corrida no Velódromo de Curitiba com a Equipiazza (assessoria de corrida com pegada forte de montanha e que deixo de integrar temporariamente a partir de hoje), algumas montanhas e trilhas com ótimos amigos e com minha parceira de vida, ano novo no Guartelá e muito mais. É o famoso "confesso que vivi" de Neruda aqui explanado. Sim, 12 meses bem intensos.


Mas quero, DE VERDADE, virar essa chave a partir deste 01 de março e fazer a coisa certa, fazer o que tem que ser feito. Foco no prazer diário de manter o corpo ativo e a mente sã. Sempre em busca da verdade. E, assim, construir um futuro com um pouco menos de dor, cercado dos melhores.


Pra cima, cuidem-se e até breve!





Por um novo ciclo com muita pizza vegana nas montanhas com essa mulher!




E também muito café com paçoca em botecos rurais durante os pedais.






Sempre será mais sobre montanhas. E cercado dos melhores!




Sobre montanhas, trilhas, amizades verdadeiras e cervejas!

De preferência com mais montanhas nevadas como este Araçatuba em agosto passado.

Comentários

  1. Volpão, você tem muita bagagem, e vai bem seja qual a direção tomar...
    Um detalhe, sobre essa dormência na perna esquerda, não sei se tem relação, mas percebi num treino de velocidade no velódromo, você tinha maior flexibilidade, ou o tamanho da passada era maior, numa perna que na outra (não lembro qual exatamente, mas acho que a esquerda estava mais travada, não levantava tanto o calcanhar quanto da outra perna, não tinha tanta amplitude), enfim... fica só uma reflexão se há alguma relação, para então tentar corrigir, melhorar, evitar dor...
    Abraços

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom te ver aqui, meu parceiro! Sim. Com o diagnóstico que saiu de ruptura muscular (confirmado por imagem) no Ileotibial, resta-me parar por mais dois meses. Tô liberado somente para trotes leves e pedais sem fazer força. Eu JAMAIS deveria ter voltado a correr tão cedo após a lesão de dezembro. Mas...agora está feito e a motivação para recuperar de vez é grande. Em maio estarei de volta às montanhas, se Deus assim permitir. Grande abraço, bons treinos!!!

      Excluir
  2. Fala Mestre! Há tempos não lia um texto seu. Putz... que sucessão de acontecimentos hein?! Mas faz parte da vida, como se diz. Um ano atípico. Por aqui também. E agora sendo pai. Rs. Novas experiências e responsabilidades. Grande abraço! E sempre um prazer poder degustar de seus textos! Que tenha melhor sorte este ano! Tmj! :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Aloko!! Meus parabéns por esta nova fase meu chapa!!! Obrigado pelas palavras e pela força! 2021 tem sido um ano bom para estes aprendizados por aqui. Grande abraço, bons treinos aí!

      Excluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Specialized Hardrock Sport Anos 90

Oi! Com esta bike consegui, de certa forma, realizar um sonho de adolescência: pedalar uma mountain bike com quadro de cromo-molibdênio e geometria clássica dos anos 90. A bem da verdade, lá por 1996 eu pedalei por alguns meses com uma Scott Yecora e mais recentemente, em 2014 uma Trek Antelope 800. Mas ambas tinham apenas os três tubos principais em cromoly. Esta Specialized Hardrock Sport eu consegui na Jamur Bikes, sendo trazida recentemente dos Estados Unidos pelo próprio Paulo Jamur (proprietário da loja e meu boss), que se encantou pela bike e seu estado de conservação. Quando ele colocou a bike à venda na loja, não me fiz de rogado. Era a chance de ter uma bike em cromoly e praticamente original dos anos 90. Na verdade comprei esta bike como alternativa para transporte urbano, uma vez que a Format 5222 (da qual pretendo fazer uma apresentação em post futuro) que "gravelizei" eu pretendia deixar somente para atividades esportivas. Mas gostei

Nova Bike Kode Straat - Uma boa opção para montar uma Gravel Bike

Senhoras e senhores, tudo bem com vocês? Poxa, que bike da hora! Recebemos aqui na Jamur Bikes e já fiquei de olho grande. E adianto, já garanti a minha! Sim, a Kode Riff 70 vai retornar à proposta para a qual foi concebida (MTB 27.5 polegadas) no futuro (poca plata por ora) e vou apenas colocar o guidão drop e trocadores STI na nova Kode Straat. Vejam a imagem abaixo, retirada do site do fabricante, bem como sua geometria: Não parece ser muito apropriada para montar uma Gravel que é quase Gravel? Um top tube mais parecido com as speeds do que com as MTBs, um clearance menor na passagem das rodas, passagem dos cabos interna e outras características me levam a crer que esta bike pode andar muito confortavelmente entre estradões de cascalho (gravel roads) e asfalto, ou mesmo trilhas leves. Bora fazer essa alteração. Abaixo um vídeo mostrando a bike como ela vem de fábrica, original. E aqui a ficha técnica: - Quadro em alumínio 6061. - Garfo: Alumínio.

Só o CUme Interessa - Piada Escrota

Bah, nem é piada. Acho que isso se chama cacofonia, que é quando alguma coisa dita de um jeito dá a entender que é outra coisa. Entendeu? Ah, eu também não, hehe. Enfim, não é o que importa. To escrevendo essa parada, porque li um post no blog que os colegas Bonga e Tonto montaram para divulgar sua expedição no Ama Dablam, uma das mais belas e cobiçadas montanhas do Himalaia. Este cume não é dos mais elevados nem dos mais tecnicamente exigente. Mas o Ama Dablam é lindo! Quem não gostaria de pisar em um cume assim? Lindo, majestoso, imenso... Confira abaixo: Pois é... com seus quase sete mil metros trata-se de uma cobiçada montanha, objeto de desejo de muitos. Porém, o que rola desde princípio dos anos noventa são os turistas de montanha. Nada contra eles, pelo contrário. Servem para impulsionar uma atividade ecologicamente correta, movimentar economia, transferir renda e trazer qualidade de vida para quem pratica e/ou depende dela. Porém, tudo em exagero tem um porém - to meio engraç