Salve!
Tão importante quanto competir e que treinar, compartilhar o que vivo me faz bem. E dar uma atenção ao aprendizado que cada evento, que cada prova traz, compartilhando impressões, é pra mim muito mais importante que dizer que corri isso em tantos quilômetros ou que vi a Luana Piovanni correndo pelada.
Nesta minha terceira participação na k42 Bombinhas Adventure Marathon sinto que consegui fazer uma prova redonda. Sem a inexperiência de 2009 e sem as agruras de 2010, desta feita penso que cheguei a um termo entre desempenho particular e aproveitamento das condições. Isso só foi possível devido o aprendizado adquirido que soube aplicar no último 06 de agosto. Agora, deixa eu parar de enrolar e vamos aos fatos, àquilo que acho que fez a diferença para mim e que pode fazer para você que quer correr uma prova dessas.
Treinamento:
Invista nos longos semanais por estradas rurais e, se puder, a cada quinze dias se atire nas trilhas longas mesmo. Fiz alguns treinos de mais de 5 horas em trilha, mas não correndo. Algo como um fastpacking. Traduzindo: caminhada acelerada em trilhas acidentadas e carregando mochila com pertences de um dia. Treinos assim mantém sua FC lá embaixo, otimiza o consumo de gordura em detrimento do glicogênio, ensina o organismo e a mente a trabalhar com músculos cansados e faz bem para a alma. Curta! Não se bitole somente em ritmos e paces. Para correr provas longas de montanha é preciso saber caminhar, curtir a paisagem e deixar rolar. Se perto da sua região não existem montanhas nem trilhas, não se desespere.
Saia para uma caminhada em ritmo forte por umas 5 horas em qualquer lugar que seja e você irá entender quando falo sobre músculos doloridos. Meus treinos longos e com subidas certamente foram os maiores responsáveis por eu ter finalizado a prova intacto.
Nutrição:
Apesar de todo o meu mimimi em relação às comidas industrializadas, nesta prova tomei 4 GU. A praticidade ainda é seu ponto forte e sua baixa acidez mantém meu estômago sem chiliques. Intercalei essa gosma com barras de cereais, tentando ingerir uma média de 200 calorias por hora, ou seja, uma barra por hora e um GU por hora. Nos PC's do km 21 e 34 eu comi umas melancias, bebi dois copos de isotônico e pronto. Não me faltou energia, tampouco meu estômago apitou.
Essa é uma questão muito pessoal, é necessário que você descubra aos poucos durante os treinos qual seu ritmo ideal de reposição energética. Eu já havia descoberto somente este ano que preciso entre 200 e 300 kcal por hora e que não posso tomar mais de 2 géis por hora. Descubra o que funciona para você. Ah, vale lembrar também da importância da nutrição pré-prova. Eu exagerei nas gorduras no dia anterior e paguei o preço com um pit-stop forçado em uma moita no km 26. Papel higiênico salvador na pochetinha!
Calçados:
Usei meu queridinho Salomon S-Lab 3 XT Wings, que havia estreado nos 24K de Extrema e que depois meti no Pico Paraná para meu longão de 8 horas caminhando/correndo. Não foi perfeito, pois acho o trajeto da K42 Bombinhas pouco técnico, havendo na verdade somente uns poucos trechos onde um calçado como esse leva vantagem se comparado a um calçado super leve para rua. Essa é uma opinião polêmica e certamente muita gente poderá questionar isso.
Mas eu teria preferido levar uns escorregões nos poucos trechos de lama que encontrei do que carregar um tênis de 360 gramas (cada pé) cheio de areia e água após cruzar um rio. Nos trechos mais lisos o produto se mostrou pesado demais, sendo mais adequado a provas mais longas, como ultramaratonas de 50 km ou mais. Nesses 42K em 2012, se não chover na semana anterior, usarei o mais queridinho ainda Brooks Green Silence para flutuar na areia batida e nas trilhas fáceis. Caso chova, a parada fica hardcore e aí vale encarar um tênis pra montanha mesmo.
Dentro de alguns dias passarei as impressões finais: vestuário, hidratação, técnica e motivação.
Abraços e bora voltar pros treinos!
Tão importante quanto competir e que treinar, compartilhar o que vivo me faz bem. E dar uma atenção ao aprendizado que cada evento, que cada prova traz, compartilhando impressões, é pra mim muito mais importante que dizer que corri isso em tantos quilômetros ou que vi a Luana Piovanni correndo pelada.
Nesta minha terceira participação na k42 Bombinhas Adventure Marathon sinto que consegui fazer uma prova redonda. Sem a inexperiência de 2009 e sem as agruras de 2010, desta feita penso que cheguei a um termo entre desempenho particular e aproveitamento das condições. Isso só foi possível devido o aprendizado adquirido que soube aplicar no último 06 de agosto. Agora, deixa eu parar de enrolar e vamos aos fatos, àquilo que acho que fez a diferença para mim e que pode fazer para você que quer correr uma prova dessas.
Treinamento:
Invista nos longos semanais por estradas rurais e, se puder, a cada quinze dias se atire nas trilhas longas mesmo. Fiz alguns treinos de mais de 5 horas em trilha, mas não correndo. Algo como um fastpacking. Traduzindo: caminhada acelerada em trilhas acidentadas e carregando mochila com pertences de um dia. Treinos assim mantém sua FC lá embaixo, otimiza o consumo de gordura em detrimento do glicogênio, ensina o organismo e a mente a trabalhar com músculos cansados e faz bem para a alma. Curta! Não se bitole somente em ritmos e paces. Para correr provas longas de montanha é preciso saber caminhar, curtir a paisagem e deixar rolar. Se perto da sua região não existem montanhas nem trilhas, não se desespere.
Saia para uma caminhada em ritmo forte por umas 5 horas em qualquer lugar que seja e você irá entender quando falo sobre músculos doloridos. Meus treinos longos e com subidas certamente foram os maiores responsáveis por eu ter finalizado a prova intacto.
Nutrição:
Apesar de todo o meu mimimi em relação às comidas industrializadas, nesta prova tomei 4 GU. A praticidade ainda é seu ponto forte e sua baixa acidez mantém meu estômago sem chiliques. Intercalei essa gosma com barras de cereais, tentando ingerir uma média de 200 calorias por hora, ou seja, uma barra por hora e um GU por hora. Nos PC's do km 21 e 34 eu comi umas melancias, bebi dois copos de isotônico e pronto. Não me faltou energia, tampouco meu estômago apitou.
Essa é uma questão muito pessoal, é necessário que você descubra aos poucos durante os treinos qual seu ritmo ideal de reposição energética. Eu já havia descoberto somente este ano que preciso entre 200 e 300 kcal por hora e que não posso tomar mais de 2 géis por hora. Descubra o que funciona para você. Ah, vale lembrar também da importância da nutrição pré-prova. Eu exagerei nas gorduras no dia anterior e paguei o preço com um pit-stop forçado em uma moita no km 26. Papel higiênico salvador na pochetinha!
Calçados:
Usei meu queridinho Salomon S-Lab 3 XT Wings, que havia estreado nos 24K de Extrema e que depois meti no Pico Paraná para meu longão de 8 horas caminhando/correndo. Não foi perfeito, pois acho o trajeto da K42 Bombinhas pouco técnico, havendo na verdade somente uns poucos trechos onde um calçado como esse leva vantagem se comparado a um calçado super leve para rua. Essa é uma opinião polêmica e certamente muita gente poderá questionar isso.
Mas eu teria preferido levar uns escorregões nos poucos trechos de lama que encontrei do que carregar um tênis de 360 gramas (cada pé) cheio de areia e água após cruzar um rio. Nos trechos mais lisos o produto se mostrou pesado demais, sendo mais adequado a provas mais longas, como ultramaratonas de 50 km ou mais. Nesses 42K em 2012, se não chover na semana anterior, usarei o mais queridinho ainda Brooks Green Silence para flutuar na areia batida e nas trilhas fáceis. Caso chova, a parada fica hardcore e aí vale encarar um tênis pra montanha mesmo.
Dentro de alguns dias passarei as impressões finais: vestuário, hidratação, técnica e motivação.
Abraços e bora voltar pros treinos!
Belo texto.
ResponderExcluirEssa é a vibe.
Passar as experiências para os outros sem competição e sem mais porra nenhuma, só vc contra vc mesmo.
Valeu as dicas !!!!
Um certo dia li no falecido/ morto-vivo orkut a seguinte frase: "se você quer treinar para uma maratona, experimente ir para o parque e fazer uma caminhada de três horas. Só você e mais ninguém. Veja como você ficou depois desse período". Esse seu treino até o PP e a dica de caminhar rápido por 5 horas me lembrou essa dica.
ResponderExcluirInfelizmente - e eu me incluo nessa - corredores não sabem caminhar rápido, pois geralmente pulamos essa etapa ou, quando passamos por ela, nunca mais regredimos.
Obrigada pelas outras dicas!
Parabéns, novamente, pela prova.
Concordo parcialmente contigo sobre o calçado, Volpão. Realmente dava pra fazer a prova inteira com tênis de corrida e onde estava escorregando de verdade não tinha tênis de trilha que segurasse. Uma ou outra pedra, no máximo. Mas é o que vocë disse, o tipo da coisa que só aconteceu porque o clima tava bom e as trilhas e estradas secas. Vc pelo menos foi de XT Wings, eu carreguei um North Face pesado e duro a corrida inteira. Outra besteira foi levar camelback. Fuel belt tá bom demais. Mas pelo menos deu pra carregar a câmera e tirar bastante foto lá, sem precisar pagar...
ResponderExcluirXampa, mais eu que eu contra eu mesmo, digo que foi uma prova eu amando a mim mesmo, haha.
ResponderExcluirHey Giovanna. É difícil de verdade pra quem está acostumado a só correr e a entender a caminhada numa maratona como fracasso. Mas as montanhas estão aí pra serem desfrutadasd e se a pirambeira pede prudência no ritmo o melhor a fazer é curtir o visual =) Brigado mais uma vez e vamo pra próxima montanha!
Nichi, satisafação receber comentário seu aqui. Como disse, a escolha do tênis é um assunto bem pessoal e até mesmo polêmico. Acho que teria me dado melhor com um Green Silence amado que tenho aqui, rs. Mas bem assim, nas condições que estava: seco e duro. Em 2010 correr de tenis de rua era fracasso na certa. Levei a camera no primeiro e no segundo ano. Mas como ando preguiçoso, esse ano dispensei. Confesso que me arrependi, deveria ter levado pra fazer meus videos =)
Abração e apareça sempre!
Por que eu concordei "parcialmente"? Na verdade, concordei integralmente, bastava ler o meu próprio comentàrio... que viagem!!
ResponderExcluirhehehe. Garande Nishi (e não nichi, como me atrapalhei com o teclado no comment anterior). Eu não quis falar nada mas como você deu a letra agora, hehehehe.
ResponderExcluirMais importante é que concordâncias e discordâncias, são as colaborações de cada um que passa e deixa aqui seu registro. Na grande maioria das vezes, os comentários nos blogs são tão importantes cquanto o texto original postado. Vambora e boas trilhas!
Bela reflexão: vc amando vc. PQP !!!
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