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Cicloturismo em São Luiz do Purunã

Cacilda. Eu nunca sei se é São Luiz ou São Luis. Acho que a versão mais aceita é com "z" mesmo. 

De toda forma, eis o breve relato da viagenzinha para esta região. Partimos eu e Ana Barbara no sábado 30 de junho pela BR-277, sentido interior do Estado. Já com apenas 10 km o primeiro dano técnico. o câmbio dianteiro da bike da Ana simplesmente parou de funcionar. Não subia nem descia marchas. É fácil perceber como estar com alforges carregados (em média 12 kg cada ciclista) exige mais da bike. Tocamos em frente,  encaixamos na coroa do meio e bora pro asfaltão. 

Alguns sustos provocados por caminhoneiros sem mãe que buzinavam quando estavam bem próximos, o sobe-e-desce até que transcorreu tranquilamente até Campo Largo, a 25 km de casa. Pouco antes, o cavalo aqui foi tentar demonstrar como se baixa a marcha do desviador dianteiro no "chute" e acabou detonando a peça na minha bike. Lindo! Agora os dois sem câmbio dianteiro. O meu, pelo menos ainda mudava entre as duas coroas, perdendo a velocidade nas descidas, já que a coroa grande não entrava nem na porrada, nem na vaselina.

Parada estratégica nas margens da BR na Rondinha, Campo Largo para uma perfeita Polenta com Linguiça. 12 reais bem pagos! Energia pura no bucho, montamos nos caroços (bikes) e tocamos para o pé da Serra de São Luiz. A subida foi tranquila, achei que talvez fôssemos sofrer mais, carregados que estávamos. Uma certa tensão em trechos de 3ª faixa, onde não há acostamento, mas desta vez os caminhoneiros foram solidários com o casal e guardavam sempre uma boa distância.

Após atingido o segundo planalto paranaense, toca pro vilarejo de São Luiz(s) do Purunã. Breve parada para comprar o café da manhã do dia seguinte e aí começa a subir de novo, desta vez por estrada de terra. restavam ainda pouco menos de 10 quilômetros até o destino do dia, o Rancho Ventania, onde acamparíamos.

Belíssimas paisagens se descortinavam e a pressa era inexistente. Saboreamos cada metro percorrido e nem mesmo um pneu furado a pouco menos de 1 km para o final nos tirou o bom humor.

Lá chegamos, no Rancho Ventania, e fomos super bem recebidos pelo proprietário, o Ralf. Armamos a barraca - tirem as crianças da sala - e fomos para a chuveirada necessária. Fotos e muitas fotos de um belo pôr-do-sol, um descanso curto e seguimos para a pizzaria existente no Rancho. O lugar estava bem frequentado (em termos de quantidade de gente) e a pizza deliciosa, massa fininha, espetáculo! Bora dormir que no dia seguinte a ideia era acordar cedo para o retorno.

A noite foi agradável. Não ventou no Rancho Ventania e o frio era inexistente. Começo de inverno meio estranho... O sol surgiu novamente em cores incríveis e a vontade era ficar mais por aqui. No entanto, restava o retorno sob forte calor e sol ardido. As pernas estavam pesadas, e as subidas eram bem duras. Sem pressa, como sempre. Quando chegamos à descida da Serra de São Luiz, soltamos os freios e despencamos suavemente pelos 6 km morro abaixo.

Em Campo Largo, Jusita novamente! Mais polenta! E aí, era só relaxar e curtir o sobe-e-desce até a capital, onde chegamos por volta das três da tarde.

Em média foram cinco horas por dia, com uma parada de uma hora no meio. Super treino para a viagem de agosto e da melhor maneira possível: se divertindo, sem pressão, sem planilhinha, sem  metas de tempo. Apenas o vento na cara!

Amanhã eu posto as informações técnicas do pedal.

Abaixo, fotos!













Comentários

  1. Incrível! Bicicleta, acampamento, perrengue e a esposa participando!?! Fora de série!

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  2. ai, fiquei com água na boca!
    viagem das boas, essa!

    e essa paradinha pra repor as energias??? que tentação! que pratinho apetitoso:)

    cês sabem se divertir!

    a viagem em agosto vai ser tranquila tranquila!

    beijão no casal!

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  3. George e Bárbara, que bom que chegaram bem. Obrigado pela visita, e quando quiser, estamos à disposição. Um grande abraço, e um ótico começo de vida a dois!!!

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