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Férias muito loucas - Viagem de Bike Curitiba a Bombinhas/SC

Olá, cabrones!

Essa é a real. Férias muito loucas. No post anterior publiquei sobre a primeira corrida das férias, a Perdidos Trail Run. No domingo pós prova, rolou um relax e a satisfação de ter ainda 3 semanas pela frente, sem as obrigações profissionais. Claro que amo o que faço profissionalmente, mas uma parada anual para realimentar as energias é necessário.

Amanheceu a segunda feira e parti com a Ana Barbara logo cedo para o litoral catarinense, de bike, claro. Dia claro, com pouco vento e algum sol. Mas bastou descer a perigosa BR-376 rumo a Joinville que o tempo virou, com nuvens e um vento úmido e gelado. O pedal deste dia foi longo, de pouco mais de 100 km. Evitamos um trecho de rodovia nos metendo pelas regiões rurais do Rio Bonito e Pirabeiraba, cortando também a cidade de Joinville pela sua parte central. Lá, nos decidimos tocar para Barra Velha, em detrimento de Barra do Sul. Seriam os mesmos 40 km, porém com acostamento seguro, na BR-101. No apagar das luzes, encontramos um hotel de beira de estrada o Viamar, na localidade de Itapocú. Por um honesto valor de 70 reais o casal, tivemos quarto e banheiro limpos e agradáveis para nos recompor do cansaço.

Estávamos apenas a 7 km de Barra Velha e isso não interferiu na programação do dia seguinte, terça feira: tocar até a Praia de Estaleirinho, no município de Balneário Camboriú. Nesta jornada, foram 85 km bem tranquilos, sem fazer força, percorrendo quase na totalidade, apenas ruas e estradas a beira-mar. Entramos em Barra Velha e seguimos por Itajuba, Piçarras, Penha, Armação e Navegantes. Nesta cidade, cruzamos o Rio Itajaí-Açu de balsa para Itajaí. Nesta cidade, visitamos a Praia de Cabeçudas e tocamos para a praia central de Balneário Camboriú. Ali, nos aprovisionamos de víveres e encaramos as tenebrosas subidas da Rodovia Interpraias, passando por Laranjeiras, Pinho, Estaleiro e Estaleirinho, onde, finalmente chegamos ao camping homônimo. Por 20 reais por pessoa, garantimos uma super estrutura para colocar a barraca. Banho quente, banheiros limpos e luz elétrica, bem como, é claro, o som das ondas do mar para nos embalar.

Não foi apenas o som das ondas que nos embalou o sono. Choveu um pouco durante a noite e na manhã da quarta também. Saímos com chuva e tudo, nos atrapalhando um pouco com o pneu e câmara traseiros da bike da Ana Barbara que ora insistia em sair fora de seu lugar, ora, vazava ar pela válvula. Encaramos um curto trecho de rodovia na chuva até chegarmos em Canto da Praia, já no município de Itapema. Dali em diante o mar voltou a ser nosso companheiro. Meia-Praia e Perequê foram os próximos balneários visitados. Faltava pouco. Dali uns poucos minutos, após a forte subida que leva à Bombinhas, a aventura se encerrava na quarta-feira, após 288 km desde nossa casa até a praia central de Bombinhas.

Nesta empreita tudo deu bastante certo. Não houve desgaste excessivo, apesar da alta quilometragem da segunda e da terça. As bikes se portaram muito bem, excessão feita ao citado pneu traseiro da bike da Ana Barbara. Um provável defeito de fabricação, pois mesmo com todo o cuidado para acertá-lo no aro, ele voltava a querer escapulir do mesmo.

Nesta parada, utilizei alforges Deuter Rack Pack de 48 litros, que se mostraram suficientes para este tipo de jornada. O peso estimado da bagagem total girou em torno dos 15 kilos. Nele estavam os sacos de dormir Dream Lite 500 e Atmosphere 750 da mesma marca, bem como as roupas necessárias para a viagem e para minha participação na K42 Bombinhas que se realizaria no final de semana seguinte, assunto do próximo post. Levei também na bagagem a barraca Azteq MiniPak, que comportou muito bem o casalzinho, apesar do meu receio  de seu uso e condições de chuva forte. Como ela já tem uns bons 5 anos, acho que está na hora de refazer a impermeabilização dela.

Junto ao corpinho, utilizei uma Mochila Deuter Pace 20. Muito leve e anatômica, nela levei itens de uso imediato, como o reservatório de água, documentos, kit de primeiros socorros, filtro solar e corta-vento. Sinceramente, acho uma grande bobagem essa ideia existente no meio cicloturístico que não se deve pedalar levando peso na mochila. Não me senti incomodado em momento algum com 2 litros de água nas costas e o equipamento citado. Sem essa, maricones!

Abraços!








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