Pular para o conteúdo principal

As Muitas Faces do Morro Araçatuba

Bem, se eu e a Ana Barbara quiséssemos mesmo ter ido ao Moreia e ao Baleia, como eu tinha indicado no post anterior, não precisávamos ter rodado o Araçatuba quase inteiro. Bastaria ter tomado a trilha mais direta, galgar o cume e descer rumo ao vale do Rio Pinhal, cruzando-o e, por fim, esgueirando-se Baleia acima.

O clima não estava 100%, havia algumas nuvens no alto da serra e decidimos variar um pouco. Iniciamos a subida do Araçatuba pela sua trilha normal e uns 30 minutos depois nos enfiamos no mato em direção à Cachoeira do Rio São Paulo. Cruzando esse rio pela parte superior da queda d'água, chega-se à trilha que contorna o Morro Araçatuba pela sua face noroeste e sobe de maneira bastante agradável. É uma trilha muito mais longa do que aquela direta, porém muito bonita, de verdade. A subida suave, aliada aos campos de altitude e vistas amplas torna a ascensão desta montanha muito mais prazerosa do que pela trilha direta. Alguns cursos d'água pelo caminho e o vento característico desta montanha estavam presentes. Veio uma chuva rápida e gelada que serviu para animar ainda mais. Ao final de quatro horas e meia de subida atingimos o cume. Absolutamente encharcado, ter trazido uma lona plástica sobressalente foi a grande salvação. Protegeu-nos da umidade onipresente e garantiu um mínimo de conforto na apertadíssima barraca Azteq Minipak, que é recomendada para apenas uma pessoa.

Estávamos a sós na montanha, algo não muito comum em tempos de vida outdoor explicitada e exagerada na mídia. 

Tempo fechado, mas sem chuva, pelo menos até as oito da noite. Então veio água do céu e algum vento até o final da madrugada. O tempo amanheceu encoberto mas foi abrindo aos poucos. Um frio bem gostoso, na casa dos 12 graus ajudou muito a lagartear na barraca até as onze da manhã.

Descemos pela trilha direta, tranquilamente, com muitas fotografias e novos planos traçados para que, um dia, saia esse encantado Moreia e Baleia...

Abaixo, imagens do passeio.

Abraços e boa semana!















Comentários


  1. li e me senti passeando com vocês por aí!
    lugar lindo!

    contemplar um vale assim! uau!

    e as roupas da última foto? tão secando, é? :)
    legal!

    o bom é que vocês vão desbravando os caminhos, divulgando o percurso!
    muito bacana isso!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Specialized Hardrock Sport Anos 90

Oi! Com esta bike consegui, de certa forma, realizar um sonho de adolescência: pedalar uma mountain bike com quadro de cromo-molibdênio e geometria clássica dos anos 90. A bem da verdade, lá por 1996 eu pedalei por alguns meses com uma Scott Yecora e mais recentemente, em 2014 uma Trek Antelope 800. Mas ambas tinham apenas os três tubos principais em cromoly. Esta Specialized Hardrock Sport eu consegui na Jamur Bikes, sendo trazida recentemente dos Estados Unidos pelo próprio Paulo Jamur (proprietário da loja e meu boss), que se encantou pela bike e seu estado de conservação. Quando ele colocou a bike à venda na loja, não me fiz de rogado. Era a chance de ter uma bike em cromoly e praticamente original dos anos 90. Na verdade comprei esta bike como alternativa para transporte urbano, uma vez que a Format 5222 (da qual pretendo fazer uma apresentação em post futuro) que "gravelizei" eu pretendia deixar somente para atividades esportivas. Mas gostei

Nova Bike Kode Straat - Uma boa opção para montar uma Gravel Bike

Senhoras e senhores, tudo bem com vocês? Poxa, que bike da hora! Recebemos aqui na Jamur Bikes e já fiquei de olho grande. E adianto, já garanti a minha! Sim, a Kode Riff 70 vai retornar à proposta para a qual foi concebida (MTB 27.5 polegadas) no futuro (poca plata por ora) e vou apenas colocar o guidão drop e trocadores STI na nova Kode Straat. Vejam a imagem abaixo, retirada do site do fabricante, bem como sua geometria: Não parece ser muito apropriada para montar uma Gravel que é quase Gravel? Um top tube mais parecido com as speeds do que com as MTBs, um clearance menor na passagem das rodas, passagem dos cabos interna e outras características me levam a crer que esta bike pode andar muito confortavelmente entre estradões de cascalho (gravel roads) e asfalto, ou mesmo trilhas leves. Bora fazer essa alteração. Abaixo um vídeo mostrando a bike como ela vem de fábrica, original. E aqui a ficha técnica: - Quadro em alumínio 6061. - Garfo: Alumínio.

Só o CUme Interessa - Piada Escrota

Bah, nem é piada. Acho que isso se chama cacofonia, que é quando alguma coisa dita de um jeito dá a entender que é outra coisa. Entendeu? Ah, eu também não, hehe. Enfim, não é o que importa. To escrevendo essa parada, porque li um post no blog que os colegas Bonga e Tonto montaram para divulgar sua expedição no Ama Dablam, uma das mais belas e cobiçadas montanhas do Himalaia. Este cume não é dos mais elevados nem dos mais tecnicamente exigente. Mas o Ama Dablam é lindo! Quem não gostaria de pisar em um cume assim? Lindo, majestoso, imenso... Confira abaixo: Pois é... com seus quase sete mil metros trata-se de uma cobiçada montanha, objeto de desejo de muitos. Porém, o que rola desde princípio dos anos noventa são os turistas de montanha. Nada contra eles, pelo contrário. Servem para impulsionar uma atividade ecologicamente correta, movimentar economia, transferir renda e trazer qualidade de vida para quem pratica e/ou depende dela. Porém, tudo em exagero tem um porém - to meio engraç