Nunca fui de querer possuir muitas coisas. Nunca fui muito ambicioso em TER. Nunca precisei de muito. Na adolescência, principalmente, passei por maus bocados e por um bom tempo eu vestia e calçava apenas o resultado de doações de amigos e familiares, tal era a dificuldade financeira que eu enfrentava junto com minha mãe. Eram outros tempos, não havia bolsa-isso, bolsa-aquilo. Faculdade? Só me restava a opção gratuita de uma UFPR ou CEFET. Mas eu era preguiçoso demais de estudar e preferia ir beber com os "amigos".
Quando comecei a trabalhar e batalhar pela vida aos 17 anos de idade, consegui um pouco mais de estabilidade e poder ajudar nas coisas da vida: contas de água, luz, reformas da casa, etc.
Defendo que cada um gaste o seu "hard earned cash" (dinheiro suado) como melhor lhe aprouver. Mas ao mesmo tempo, cada vez mais fui comprovando na prática que menos é mais.
Que não preciso de 6 pares de tênis, 2 já está bom. Que não preciso de 8 pares de camisetas, mas de 3. Um par de sapatos para uso social está ótimo, afinal detesto convívios sociais, festeeeenhas e coisas do gênero.
Velho e jacu do mato, é o que me tornei em 2014.
Justamente agora que mais estive envolvido com o doce sabor da mídia e da super exposição. Coisa do mercado. Já gostei bastante dos holofotes, mas já tinha alguns meses que eles estavam me cegando. Então, se não posso apagá-los, resta a retirada da qual falei no post anterior.
O motivo basicamente é esse: a hipocrisia.
Sinto-me hipócrita quando não resisto a um cachorro quente, vegetariano que sou há tanto tempo.
Sinto-me hipócrita quando alimento o desejo de comprar o "lançamento", "o produto que rende mais", o "mais cool", o "mais style" ou o que quer que seja.
Comprar coisas é parte da vida. Certos produtos são realmente necessários para uma vida mais confortável e segura. É preciso diferenciar conforto de luxo. Gosto de trabalhar com vendas e oferecer produtos que trazem qualidade de vida. Sinto-me útil.
Mas tem um limite, que agradavelmente a empresa onde trabalho entende e respeita. Vender mais não significa ser mais feliz. Ganhar mais dinheiro não significa ser mais feliz. Para mim.
Abaixo, um vídeo que apreciei, sobre minimalismo na vida.
Bons ventos!
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