Uma competição de trail running começa muito antes da largada.
Passa pelos treinamentos, alimentação, sono, escolha correta dos equipamentos entre vários outros fatores.
A minha Ultra dos Perdidos começou no início do ano quando fui ”convencido” a alinhar na largada agendada para o 15 de julho deste ano.
Aceito o desafio, bons treinos se sucederam no início de 2023, mudanças grandes na metodologia aplicada a partir de maio, todos os problemas enfrentados no ano anterior foram sanados (lombar, glúteo, pé) e finalmente uma redução de 5kg no peso se comparado à abril deste ano.
Finalmente o 15 de julho chega. Eu e a Pati Fontana acampamos no local da prova, pois é dessa maneira que gostamos de viver o esporte, o mais conectado possível, em todos os aspectos. Jamais será apenas colocar o número de peito, correr e buscar uma medalha. Gostamos de vivenciar a experiência completa, conversar com os staffs, a organização, os demais atletas e tudo o mais.
Após acompanhar a largada do pessoal dos 50K às 6 da manhã, hora da alimentação pré prova: café preto com (muito) açúcar, bananas e pão integral na chapa com óleo de coco (que contém os famosos TCMs, Triglicérides de Cadeia Média, importantes em atividades de endurance).
Não poderia ter escolhido melhor combinação. Larguei às 9:10 da manhã cheio de energia, a qual já foi bem consumida antes do primeiro quilômetro, com uma subida do tipo cala-a-boca em um trecho sobre os dutos enterrados da Petrobrás. Subida curta mas infame na inclinação.
Lá no alto, olhando para frente e para trás, pouco menos de 200 companheiros de atividade que largaram comigo. Na descida seguinte, encontramos uma estrada de chão e lá estava Pati Fontana com sua Gravel Bike Sense Versa, que veio no carro para ser usada nesse trecho para acompanhar um pouco da prova.
Formalizado o beijo do guerreiro e sua princesa. Estradão com subidas ora tranquilas para correr em ritmo confortáveis, ora somente caminhando forte mesmo.
Um inusitado trecho em um samambaial íngreme nos colocou dentro de uma propriedade rural que era designada como o primeiro Ponto de Apoio (PA), com pouco mais de 6 km de prova.
Água, coca-cola e paçoquita pra dentro, já estávamos prontos para uma longa subida até o platô intermediário do Araçatuba, ponto mais alto da prova e palco do relato que virá no próximo post.
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