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Turismo – Santiago do Chile

Santiago é encantadora. Santiago é fantástica. Santiago é demais para minha cabecinha terceiro-mundista… Santiago é a realização dos meus sonhos de uma metrópole em que é possível viver.
Tá bom, você pode achar que estou exagerando. Mas na minha humilde impressão eu não estou não. Venho de uma criação em uma cidade dita de primeiro mundo, Curitiba, capital paranaense. Realmente, se comparada a outras capitais do Brasil (conheço algumas) ela tem uma qualidade de vida bem aceitável. Hoje vivo em Belo Horizonte, o Faroeste Caboclo em forma de metrópole de uns seis milhões de indivíduos. Santiago do Chile tem aproximadamente a mesma população. Porém Santiago não oprime, não assusta e não prejudica quem quer viver nela.





Santiago tem inúmeros problemas também, entre eles o crescente aumento da violência (mas pelos jornais que li enquanto lá estive eu vi que se você fizer cagada o bicho pega mesmo), o trânsito complicado e a poluição quase insuportável, a ponto de ser difícil distinguir a Cordilheira dos Andes, a meros 40 km da cidade.
Mas as virtudes compensam e muito esses problemas. O povo é simpático (adoram brasileiros), existem muitas áreas verdes a disposição (o que é curioso em uma cidade onde chove menos que no nordeste do Brasil), o transporte público funciona (metrô de qualidade a 400 pesos, em torno de 1 real) e inúmeras atrações, tanto naturais quanto culturais.

Como Chegar desde o Brasil:

De Carro: Do mesmo jeito que se chega a Córdoba, artigo já publicado.
De Avião: Pode ser de Gol ou de LAN, empresas de qualidade que he deixarão no Aeroporto de Pudahuel, de onde é fácil e barato tomar um táxi até o local que você escolheu para se hospedar.
De Ônibus: Coráááágiiii: Pelo menos dois dias de viagem desde São Paulo. Prefira sempre empresas estrangeiras como a ChileBus ou a MercoBus. esqueça a Pluma, serviço horrível e ônibus antigos. Existem algumas outras que atendem o Brasil também, nada que o google não ajude.

O Que Curtir:

Muita coisa. Para ficar no básico tem o Cerro San Cristóbal e seus teleféricos e funicular, a Plaza de las Armas, o Cerro Santa Lucía, o Paseo Ahumada, o Mercado Central, o Parque Metropolitano, a culinária, e muito mais. Esteja munido de um guia de viagens (recomendo o Rough Guide, publicado no Brasil pela Publifolha) e mande ver! Quatro dias bastam. Mais que isso guarde para visitar as redondezas como San José de Maipo e Valparaíso.
San José de Maipo: Pitoresca cidadezinha a quarenta e tantos quilômetros de Santiago. Está encravada no Cajón del Maipo, lugar de intensa atividade turística para os que amam a natureza. Se a idéia é se enfiar na cordilheira recomendo que tomem um “micro” na Estação Florida, região sul de Santiago, com destino a Baños Morales e façam o trekking pelo Parque El Morado. É apenas um horário por dia deste microônibus. Nesta temporada passada (2009) ele partia as 8:30 da manhã e retornava as 17:00.
Valparaíso: PQP, não deixe ir. Ir a Santiago e não descer até Valparaíso é como o chavão ir a Roma e não ver o Papa… Cidade linda, toda colorida, com um jeitão de interior e uma bagunça organizada que quebra um pouco o clima por vezes sisudo de Santiago. Não deixe de andar nos funiculares e de fazer um passeio de barco pela Baía de Valparaíso, de onde se pode comtemplar a cidade e observar lobos marinhos.




Onde Ficar:

Nesta minha viagem eu fiquei com a Lígia no Ecohostel, de excelente localização e atendimento, nas pessoas queridas do Marcelo, do Enzo e do Oscar. Claro que tem várias opções por lá, mas essa nós acertamos de primeira.

Outras Dicas:

Para entrar no Chile basta o R.G. Não precisa de passaporte. Cuide bem dos seus papéis de entrada! Não esqueça que não rola entrar com frutas, vegetais e carnes, nem de avião nem via terrestre.
Tente comprar pesos em casas de câmbio em sua origem. É um pouco difícil encontrar mas vale tentar. se você vier pela Argentina fica mais fácil. Compre pesos chilenos antes de entrar no Chile.
Ônibus rodoviários no Chile são muito mais baratos que aqui. Viaje sempre que houver uma grana ou tempo disponível. Melhor que ficar mofando no hostel.
Prefira sempre comprar comida nos mercados e cozinhar no hostel. A economia é grande!
Duas cervejas dominam os menus: Crystal, bem leve e saborosa e a Escudo, que é uma cacetada na cabeça. O porre é certo. Prefira tomar de litro para economizar, hehe.
Entre em contato para efetuar suas reservas com antecedência.
Vinho é ótimo e barato. Lá Concha Y Toro é igual Campo Largo aqui, pelo menos na facilidade de acesso e no preço. Já a qualidade… Pegue leve e divirta-se!
Sorvete excelente: Um cono triple na Paradiso, que tem vários quiosques no centro, inclusive no Paseo Ahumada, um calçadão bem no centro da cidade. Sai menos de 3 reais e você se entope de sorvete.
Roupas de montanhismo e produtos eletrônicos custam praticamente a metade do que custariam no Brasil. Leve uma grana extra mas cuidado na alfândega!
Bjos e abraços (aguardo colaborações de infos!)

Sites Interessantes:

- Importante para quem pretende encarar a cordilheira.
- Tudo sobre esta região fascinante.
- Serviço Nacional de Turismo.
- Fomos muito bem atendidos nesta loja.

Comentários

  1. Realmente, tem outro nível, em relação aos cidades brasileiras e da America do Sul.
    Agora, o que mais gostei da viagem que fizemos, foi pegar o busão e ir para Mendoza.
    Pagamos 10 dólares e fizemos uma viagem inesquecível e maravilhosa.

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