Pular para o conteúdo principal

Ultra Trail du Mont Blanc (de sexta para sábado)

Salve corredores!

Como já havia escrito em post anterior, acompanhei através do twitter as notícias sobre a UTMB - Ultra Trail du Mont Blanc que teve sua largada nesta sexta-feira, 28 de agosto na cidade francesa de Chamonix. O percurso da prova principal de 166 Km é feito todo por trilhas de montanha e pequenas estradas rurais, contornando o ponto mais alto da Europa Ocidental, o Mont Blanc, com seus 4.810 metros.

A largada da prova foi as 18:20 (horário local), o que significa que os primeiros de montanha são percorridos durante a noite, incluindo aí diversas passagens por cotas acima dos 2.000 metros de altitude. No total a prova de 166 Km conta com um desnível positivo acumulado de aproximadamente 9.400 metros, sendo que os líderes completam esse percurso em torno de pouco mais de 20 horas. Os mais lentos podem demorar até 46 horas, que é o tempo limite da prova. Ou seja: larga na sexta feira final de tarde e só termina no meio da tarde do domingo. Bacana né? Normalmente os trekkers percorrem essa trilha em 7 ou 8 dias.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Tenho acompanhado o que rola na prova através da cobertura oficial da prova, bem como no perfil do Facebook da Salomon Running, de onde obtive algumas fotos que ilustro este texto abaixo.

Durante a noite alpina rolou bastante chuva e vento nos pontos mais altos, dificultando ainda mais as coisas. Mesmo no verão europeu que está rolando, os pontos acima dos 2.000 de altitude são bem gelados, e com chuva os cuidados devem ser redobrados.

O espanhol da Catalunha Kilian Jornet (Salomon - Santiveri), que é o atual fenômeno desse tipo de ultramaratona em trilhas, lidera com certa folga. Ele foi vencedor no ano passado, batendo o recorde do percurso em quase uma hora.

Kilian Jornet liderando a UTMB na manhã deste sábado.


A última atualização que obtive (9:30 horário de Brasília, 14:30 horário local) faltando menos de 20 Km para o final, Jornet estava com 19h06min de prova, em torno de 55 minutos à frente do segundo colocado, o francês Sebastien Chagneau. 

Scott Jurek, norte-americano bi campeão da badalada Badwater e heptacampeão da Western States 100 Miles está em oitavo.

No feminino quem começou liderando foi a britânica Elizabeth Hawker, mas por volta da metade da prova a liderança passou para a norte-americana Kristin Moehl, que já abre 25 minutos de vantagem após percorrer 132 Km.

OS BRASILEIROS

Sim, vários brasileiros estão encarando esta prova. O grande destaque fica por conta de Cristina de Carvalho, que está em sétimo na geral feminino e segundo na faixa etária 40-49 Fem.

Abaixo tem a lista dos brasileiros na prova principal dos 166 Km a UTMB, e quem está na prova de 98 Km, a CCC (Courmayeur-Champx-Chamonix).

UMERO   Sobrenome    Nome          Categoria     País           Patrocinador

UTMB
138           GILLAUX       Jacques       V1 H            BRÉSIL
2102         GILLAUX       Vera            V1 F            BRÉSIL
2770         ALVES           Acacio        SE H            BRÉSIL      JRUN - DRUN
3475         OREGGIA      Tani            SE H            BRÉSIL      THUNDERCATS
3947         ESTEVAM      Andrea        SE F            BRÉSIL
4063         CARVALHO    Cristina       V1 F            BRÉSIL      NUCLEO AVENTURA/ PROJETO MULHER
4064         CAPUTO        Jose            V1 H           BRÉSIL      NUCLEO AVENTURA/ PROJETO MULHER
4069         ALZUGARY    Caco            V1 H           BRÉSIL      NUCLEO AVENTURA BRASIL


CCC 
7665         OLIVEIRA      Paulo          V2 H            BRÉSIL    100 LIMITES
8730         DEL CIELO     Lucio          SE H            BRÉSIL
8876         RAMON         Martin         V1 H            BRÉSIL    THE NORTH FACE

Na segunda feira farei um report completo com o que de mais importante rolou na mais fantástica ultramaratona em montanha do planeta.

Um grande abraço!


Perfil Altimétrico da UTMB


Pontos de apoio e registro com seus respectivos tempos previstos de passagem dos líderes e dos últimos, bem como os tempos de corte.

Comentários

  1. Pepe,
    Excelente cobertura ao mesmo tempo que é um grande incentivo para que mais Brasileiros participem...Valeu!
    Grande Abraço
    Alberto Peixoto

    ResponderExcluir
  2. Tu sabe q entendo *lhufas* sobre maratonas, mas admiro quem tem coragem de faze-las..
    E mais: admiro quem escreve bem a respeito disso...
    Lendo seu texto consegui me sentir no ambiente..dá pra quase visualizar o que rola e como é a dinâmica da coisa.
    Não sei se pela minha mente fértil de esportista de aventura, mas dei uma viajada pra França.. rs

    Keep on writing. Continue escrevendo. Tá mandando bem

    Beijo mega

    ResponderExcluir
  3. Parece, mas não é bajulação.
    É real, sincero e leal.

    Acostume-se com a amiga que te elogia. Bah! :)

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Specialized Hardrock Sport Anos 90

Oi! Com esta bike consegui, de certa forma, realizar um sonho de adolescência: pedalar uma mountain bike com quadro de cromo-molibdênio e geometria clássica dos anos 90. A bem da verdade, lá por 1996 eu pedalei por alguns meses com uma Scott Yecora e mais recentemente, em 2014 uma Trek Antelope 800. Mas ambas tinham apenas os três tubos principais em cromoly. Esta Specialized Hardrock Sport eu consegui na Jamur Bikes, sendo trazida recentemente dos Estados Unidos pelo próprio Paulo Jamur (proprietário da loja e meu boss), que se encantou pela bike e seu estado de conservação. Quando ele colocou a bike à venda na loja, não me fiz de rogado. Era a chance de ter uma bike em cromoly e praticamente original dos anos 90. Na verdade comprei esta bike como alternativa para transporte urbano, uma vez que a Format 5222 (da qual pretendo fazer uma apresentação em post futuro) que "gravelizei" eu pretendia deixar somente para atividades esportivas. Mas gostei

Nova Bike Kode Straat - Uma boa opção para montar uma Gravel Bike

Senhoras e senhores, tudo bem com vocês? Poxa, que bike da hora! Recebemos aqui na Jamur Bikes e já fiquei de olho grande. E adianto, já garanti a minha! Sim, a Kode Riff 70 vai retornar à proposta para a qual foi concebida (MTB 27.5 polegadas) no futuro (poca plata por ora) e vou apenas colocar o guidão drop e trocadores STI na nova Kode Straat. Vejam a imagem abaixo, retirada do site do fabricante, bem como sua geometria: Não parece ser muito apropriada para montar uma Gravel que é quase Gravel? Um top tube mais parecido com as speeds do que com as MTBs, um clearance menor na passagem das rodas, passagem dos cabos interna e outras características me levam a crer que esta bike pode andar muito confortavelmente entre estradões de cascalho (gravel roads) e asfalto, ou mesmo trilhas leves. Bora fazer essa alteração. Abaixo um vídeo mostrando a bike como ela vem de fábrica, original. E aqui a ficha técnica: - Quadro em alumínio 6061. - Garfo: Alumínio.

Só o CUme Interessa - Piada Escrota

Bah, nem é piada. Acho que isso se chama cacofonia, que é quando alguma coisa dita de um jeito dá a entender que é outra coisa. Entendeu? Ah, eu também não, hehe. Enfim, não é o que importa. To escrevendo essa parada, porque li um post no blog que os colegas Bonga e Tonto montaram para divulgar sua expedição no Ama Dablam, uma das mais belas e cobiçadas montanhas do Himalaia. Este cume não é dos mais elevados nem dos mais tecnicamente exigente. Mas o Ama Dablam é lindo! Quem não gostaria de pisar em um cume assim? Lindo, majestoso, imenso... Confira abaixo: Pois é... com seus quase sete mil metros trata-se de uma cobiçada montanha, objeto de desejo de muitos. Porém, o que rola desde princípio dos anos noventa são os turistas de montanha. Nada contra eles, pelo contrário. Servem para impulsionar uma atividade ecologicamente correta, movimentar economia, transferir renda e trazer qualidade de vida para quem pratica e/ou depende dela. Porém, tudo em exagero tem um porém - to meio engraç